Secretária do PPI diz que Eletrobras deve ser privatizada em 2020

Além da Eletrobras (ELET3; ELET6), o governo de Jair Bolsonaro já apresentou o plano da privatização de mais 15 estatais. Entretanto, o cronograma ainda não está definido.

O Congresso Nacional dará o aval para a forma com que as privatizações serão realizadas. Em entrevista ao “G1”, a secretária do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), Martha Seillier, disse que a Eletrobras, por exemplo, deve se formalizar já no ano que vem.

Além disso, Seillier também incluiu a Casa da Moeda, Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), Dataprev, Ceagesp, CeasaMinas, Emgea e ABGF (Associação Brasileira Gestora dos Fundos Garantidores e Garantias), complementando a lista das privatizações.

Outras privatizações devem ocorrer a partir de 2021, como as do Porto de Santos (Codesp), Porto de Vitória (Codesa), CBTU e Trensurb, segundo a secretária.

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Já a execução do plano de desinvestimentos dos Correios, Telebras e Ceitec deve demorar um pouco mais, já que ainda serão realizados as primeiras pesquisas sobre as alternativas para cada uma dessas companhias.

Confira a lista das privatizações já anunciadas pelo governo:

  • Eletrobras
  • Ceagesp
  • CeasaMinas
  • Telebrás
  • Correios
  • Casa da Moeda
  • Codesa
  • Porto de São Sebastião
  • Codesp
  • Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias
  • Empresa Gestora de Ativos
  • Dataprev
  • Ceitec
  • Serpro
  • Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU)
  • Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb)

Privatização da Eletrobras e outras estatais está em formatação

A privatização das 16 empresas, todavia, não quer dizer que as estatais serão vendidas integralmente. Em alguns casos específicos, o governo pode manter uma participação acionária ou parte do ativo. Para cada uma dos projetos está sendo estudada uma modelagem diferente.

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“Tem vários modelos possíveis de parceria com a iniciativa privada para cada uma dessas empresas. Tem empresa que você consegue vender o controle, tem empresa que você consegue vender tudo. Tem empresa que vale desmembrar e vender uma subsidiária. Tem empresa que vale tentar no Congresso uma alteração legislativa para superar algumas barreiras”, disse a secretária.

“Com os estudos acontecendo, vamos ter cenários melhores de qual é o próximo passo e o caminho ideal para cada uma dessas empresas”, disse a secretária”.

Seiller ressalta que o intuito das privatizações é não somente reduzir os custos e levantar recursos extras para fechar o orçamento, mas também reforçar a capacidade de investimento das companhias e aumentar a eficiência do serviço prestado.

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“Essas empresas não estão conseguindo investir no nível que teriam que investir para se manterem competitivas. Temos que priorizar os recursos que são pagos pelo cidadão para prestar serviços públicos e políticas públicas de relevância. O entendimento [do governo] é que se tiver um parceiro privado a gente consegue ter os serviços prestados com mais eficiência e com menos custo, de forma menos onerosa para o poder público”, explica sobre o objetivo das concessões.

O Brasil possui 205 empresas estatais de controle direto ou subsidiárias, de acordo com o mais recente balanço publicado pelo Ministério da Economia.

Essas estatais ainda possuem participações minoritárias em 432 empresas privadas – totalizando uma atuação da União em 637 empresas, entre públicas ou já privatizadas. O governo, por exemplo, detém o controle de 51% da Eletrobras.

Jader Lazarini

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