Saudi Aramco registra queda de 73,4% no lucro do 2T20

A Saudi Aramco, multinacional petroleira da Arábia Saudita, informou, neste domingo (9), que o lucro líquido da empresa teve queda de 73,4% no segundo trimestre de 2020, em relação a 2019. A companhia registrou lucro líquido de aproximadamente US$ 6,6 bilhões no trimestre encerrado em junho. No mesmo intervalo do ano passado, ela teve lucro de US$ 24,7 bilhões. O resultado é decorrente do colapso dos preços do petróleo em meio à pandemia de coronavírus (Covid-19).

Nos meses de abril e maio, o preço do petróleo bateu o nível mais baixo em anos, ficando em US$ 20 o barril. Mesmo com o cenário desfavorável, a Saudi Aramco conseguiu se sair melhor do que outras gigantes do setor. “Nossos resultados do segundo trimestre refletem as fortes perturbações devido à queda de demanda e preços mais baixos”, disse Amin Nasser, diretor executivo da empresa. “No entanto, obtivemos ganhos sólidos graças aos nossos baixos custos de produção, nossa escala única, nossa força de trabalho ágil e nossa força financeira e operacional incomparável”, acrescentou em comunicado o CEO da companhia.

Em relação ao primeiro semestre de 2020, o lucro líquido da Aramco caiu 50,5% no período, ficando em US$ 23,2 bilhões. No mesmo intervalo de 2019, a empresa registrou US$ 46,9 bilhões de lucro. Recentemente, BP, Chevron, ExxonMobil, Royal Dutch Shell e Total – gigantes do setor petroleiro, divulgaram seus resultados trimestrais. Juntas, as companhias tiveram perdas combinadas de US$ 53 bilhões no 2T20.

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Nasser afirmou que está otimista em relação ao mercado de atuação de sua empresa. Isso porque os países adotaram medidas de relaxamento recentemente. A Saudi Aramco comunicou que cortará seu orçamento do ano que vem entre 8% e 10% ante os níveis já reduzidos em 2020, segundo informações do Energy Intelligence Group. A empresa saudita estima que seus gastos em investimentos fiquem “abaixo dos US 25 bilhões”.

Vale destacar que os lucros da Saudi Aramco também foram influenciados negativamente pelas perdas da Saudi Basic Industries Co. (Sabic), petroquímica adquirida por US$ 69 bilhões pela gigante petroleira.

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Juliano Passaro

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