Ações da Saudi Aramco caem 9% e registram valor abaxio do IPO

Ações da gigante estatal Saudi Aramco têm forte queda neste domingo (8). A baixa é fruto da ruptura do acordo entre as grandes empresas do mundo de petróleo e as recentes tensões acerca do novo coronavírus (COVID-19). Como resultado, o preço do barril recuou.

O valor dos papéis da Saudi Aramco registraram queda de 9% na Bolsa de Valores ,de Riad capital da Arábia Saudita. O preço coloca as ações da empresa abaixo da oferta de 32 riales (cerca de US$ 8,53) quando foi realizada sua abertura de capital (IPO, na sigla em inglês).

Saiba mais: Saudi Aramco eleva valor de IPO para US$ 29,4 bilhões

O mercado havia avaliado a empresa em mais de US$ 2 trilhões, meta estabelecida pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. Com a queda no valor dos papéis, agora da petroleira está avaliada em US$ 1,7 trilhão. O Estado saudita orientou seus investidores a comprar ações da companhia, no entanto a medida não surtiu efeito.

De acordo com analistas, a desvalorização das ações teve forte impacto no Estado. Em dezembro, o governo vendeu 1,5% da participação da companhia, no maior IPO do mundo. A venda dos papéis foi vista com uma teste de posição do príncipe saudita e o desenvolvimento de uma nova fonte para as futuras reformas econômicas.

A redução da oferta de óleo

A desvalorização da empresa vem logo após o termino do acordo entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados. A parceria durou quatro anos e reunia os maiores exportadores de petróleo do mundo.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-1.png

O grupo se reuniu nesta sexta-feira (6) em Viena, Áustria. a fim de discutir a redução da oferta global de óleo. Os representantes debateram sobre a crise no setor e os efeitos da preocupação com o novo coronavírus sobre o crescimento da economia mundial.

A queda no valor dos papéis da Saudi Aramco não é isolada. Na última sexta-feira, o preço do petróleo Brent registrou a maior queda percentual de 9,4%, com barril cotado a US$ 45,27. O Brent é tido como referência mundial e não apresenta baixa diária igual desde a crise financeira.

Arthur Guimarães

Compartilhe sua opinião