Saraiva registra prejuízo de R$ 17,5 milhões em julho

Dados divulgados nesta terça-feira (03) pelo relatório mensal de atividades (RMA) da Saraiva mostram que a empresa registrou prejuízo de R$ 17,5 milhões em julho de 2019. O valor é 7,1% maior ao registrado em julho do ano passado.

As vendas líquidas da Saraiva caíram para R$ 53,8 milhões , registrando uma queda de 46,5%. A margem bruta registrada da livraria foi de 33,7%, cerca de 5,6% acima de 2018.

Além disso, a despesa operacional da empresa teve uma redução anual de 31,9%, atingindo o valor de R$ 35,3 milhões. A despesa financeira líquida em 2019 foi de R$ 3,0 milhões, quase a metade dos R$ 5,9 milhões gastos em 2018. Dos R$ 3,0 milhões, cerca de R$ 2,1 milhões foram gastos em despesas financeiras em decorrência da implantação da IRFS 16.

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A queda da receita, segundo a livraria, é por conta da redução do número de lojas. 30 unidades já foram fechadas este ano.

Em julho, a Saraiva registrou 74 lojas, mantendo o número de junho. Em relação ao número de funcionários, houve um decréscimo de 7 colaboradores, passando de 2.345 para 2.338 colaboradores ativos.

No relatório, a companhia também afirma que em agosto de 2019 foram liberados R$ 13 milhões em recebíveis que haviam sido bloqueados pelo Banco do Brasil. A liberação seria um tipo de garantia de um empréstimo contratado antes do pedido de recuperação judicial.

Outras 34 ações de despejo estão em curso, sendo 28 delas ainda em primeira instância.

Plano de recuperação judicial da Saraiva

A assembleia dos credores da Saraiva (SLED3; SLED4) aprovou no dia 29 de agosto o plano de recuperação judicial. Votaram a favor 381 credores contra 57 contrários.

Saiba mais: Plano de recuperação judicial da Saraiva é aprovado por assembleia de credores

Dessa forma, a proposta de pagar 5% da dívida da Saraiva ao longo de 15 anos foi aceita. Por outro lado, o restante 95% será pago em debêntures emitidos 16 anos após a homologação do acordo. O total da dívida da empresa é de R$ 684 milhões.

Entretanto, mesmo com a aprovação da assembleia, o plano deverá ser homologado por um juiz, pois a Saraiva está em recuperação judicial. O prazo para a análise do Judiciário iniciará a contar após a publicação da decisão.

Rafael Lara

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