Satander (SANB11) prevê queda de até 6% do PIB e alta no desemprego

O Banco Santander Brasil (SANB11) revisou nesta segunda-feira (6) a previsão de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) para 2,2%, ante projeção anterior de baixa de 1%.

A instituição financeira avalia que no ano seguinte a economia cresceria 1,7% e voltaria ao patamar antes da crise do novo coronavírus (covid-19) ao final de 2021. Esse é um dos cenários previstos pela Santander, com uma probabilidade de 20%.

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Foram feitas também projeções mais pessimistas: com recuo de 6% em 2020 (25% de probalidade) e 3,6% (30% de chances). Ao mesmo em que foram realizadas previsões mais otimistas: com retração de 0,4% (5% de chances) e de 1,5% (20% de possibilidade).

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No cenário mais otimista, o País sairia do isolamento social em meados de abril. Para Ana Paulo Vescovi, economista chefe do Santander Brasil, isso aconteceria em razão da diminuição da curva de contágio e do elevado grau de eficácia das políticas públicas sobre a atividade.

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Do mesmo modo, o cenário mais pessimista contempla a flexibilização apenas na metade de julho. Dessa forma, a economia só ficaria inteiramente operacional ano final deste ano ou início do ano seguinte. “Isso teria um impacto mais severo sobre desemprego e fechamento de firmas”, destacou Vescovi.

Santander projeta aumento do desemprego

A economista chefe do Banco também citou a possibilidade de 2,5 milhões no número de desempregados, uma crescimento médio de 1,5 milhões a mais no ano.

“Vamos ter na saída dessa crise um nível mais alto de desemprego, um nível mais alto de risco, mais capacidade ociosa. Vai fazer com que a sociedade tenha outro padrão de comportamento em relação a investimento e consumo, seja mais cautelosa. A gente vai voltar com uma oferta e uma demanda em um nível menor”, declarou Vescovi.

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O Santander também espera que as ações do governo elevem o déficit do setor público para um valor  em torno de R$ 450 bilhões e R$ 545 bilhões – no cenário mais pessimista. A economista ressaltou que é fundamental manter os fundamentos econômicos de longo prazo a fim de que seja possível retomar a consolidação fiscal após a regularização da situação.

Arthur Guimarães

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