O que saber nesta quinta-feira em política, negócios e economia

Jair Bolsonaro voltou às manchetes na noite de ontem por conta de uma cirurgia de emergência, à qual foi submetido para remover uma obstrução no intestino. Segundo o Hospital Albert Einstein, onde o candidato está internado, o quadro de Bolsonaro “evoluiu agora com distensão abdominal progressiva e náuseas, foi submetido a uma tomografia de abdômen”. A cirurgia foi bem sucedida, segundo os médicos.

Existem agora ainda mais dúvidas quanto à presença do candidato nos esforços de campanha, inclusive no segundo turno. Para os outros presidenciáveis, o cenário agora é de um novo cessar-fogo nos ataques a Bolsonaro, que já haviam voltado a ganhar força.

E tratando de ataques ao candidato do PSL, Bolsonaro ganhou direito de resposta na propaganda de rádio de Geraldo Alckmin (PSDB). A deceisão foi feita pelo ministro Luis Felipe Salomão, do TSE, que julgou que Alckmin utilizou trechos de uma entrevista de bolsonaro com a intenção de “apresentá-lo como alguém contrário à classe das empregadas domésticas e aos pobres” e ainda “ultrapassou a esfera da mera crítica política, espraiando-se em verdadeira divulgação de fato distorcido, perceptível de plano”.

Fernando Haddad (PT), candidato oficial do partido desde terça-feira, deve dividir seus esforços de campanha entre o Sudeste e Nordeste. Haddad será entrevistado pelo Jornal Nacional amanhã, sexta-feira, o que deve aumentar a visibilidade do candidato.

Ainda na esfera política, é aguardada ansiosamente a divulgação da próxima pesquisa do Datafolha, na noite de amanhã.

No mundo corporativo, destaque para a notícia de que a JBS concluiu seu pagamento antecipado de R$2 bilhões em dívidas com bancos brasileiros, com vencimento em 2019 e 2020. Segundo a procuradora Lyana Helene Joppert Kalluf, o MPF do Paraná quer discutir um acordo de leniência com a BRF e laboratórios investigados por irregularidades em controles sanitários na Operação Trapaça, da Polícia Federal.

Na Argentina, a Petrobras foi notificada de demanda arbitral. A Minerva informou que a sua desalavancagem foi atrasada pelo capital de giro maior e a situação cambial. A divulgação do resultado do primeiro trimestre da Brasil Pharma foi adiada para 4 de outubro. A empresa deve vender a rede Farmais, seu último ativo restante.

Na agenda de indicadores, destaque para a queda de 0,5% em julho das vendas do varejo, a terceira queda consecutiva. Também há divulgação dos números da inflação ao consumidor norte-americano em agosto, com previsão de 0,3%.

Daniel Quandt

Compartilhe sua opinião