Rússia registrará 2ª vacina contra covid-19 até 15 de outubro, diz agência

A Rússia espera registrar uma segunda vacina contra o novo coronavírus (covid-19) até o dia 15 de outubro. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (22) pela agência de notícias russa TASS citando o órgão regulador de segurança do consumidor do país Rospotrebnadzor.

Segundo a agência, essa vacina concluiu o estágio inicial de testes em humanos na semana passada e é desenvolvida pelo Instituto Vector, da Sibéria.

A Rússia foi a primeira no mundo a registrar oficialmente uma vacina que combata o novo coronavírus. Em agosto, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou em videoconferência televisionada, ao lado do ministro da saúde do país, Mikhail Murashko, o imunizante.

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“Esta manhã, pela primeira vez no mundo, uma vacina contra o novo coronavírus foi registrada. Sei que é bastante eficaz, que proporciona imunidade duradora”, disse Putin.

O anúncio aconteceu após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter avisado acerca das diretrizes estabelecidas para a criação segura de um medicamento que combata a doença. O temor da organização é que, em meio à corrida política pela pioneira descoberta por uma vacina, as etapas necessárias fossem negligenciadas.

Vacina da Rússia contra coronavírus induz resposta imune, aponta The Lancet

A revista científica The Lancet publicou, no dia 4 deste mês, os resultados da vacina contra o novo coronavírus da Rússia. De acordo com o estudo publicado, a “Sputnik V” foi capaz de induzir resposta imune nos voluntários e apresentou segurança nos testes de fase 1 e fase 2.

Segundo a publicação, a vacina contra a covid-19 não causou nenhum efeito colateral grave em 42 dias após a vacinação e conseguiu induzir resposta dos anticorpos em todos os voluntários em até 21 dias.

A “Sputnik V” foi registrada no mês passado na Rússia, mas a falta de estudos publicados sobre os testes gerou desconfiança entre a comunidade internacional. Apesar de confirmarem eficácia, os cientistas russos reconhecem a necessidade de mais testes.

A vacina russa foi testada em 76 pessoas. As fases 1 e 2 dos testes buscam verificar a eficácia e a segurança delas. Normalmente, os testes de fase 1 têm dezenas de voluntários, os de fase 2, centenas, e os de fase 3, milhares. Na fase 3, o principal objetivo é verificar a eficácia em larga escala. Para esta etapa, a Rússia pretende chamar 40 mil voluntários.

A “Sputnik V”, teve duas fases testadas em 42 dias. Uma delas estudou a formulação congelada e a outra uma versão desidratada. Foi concluído que a vacina congelada é melhor para ser produzida em larga escala. Já a segunda opção é melhor para regiões de difícil alcance. A vacina é baseada no adenovírus humano.

“Quando a vacina de adenovírus entra nas células humanas, ela passa o código genético da espícula do novo coronavírus, o que faz com que as células produzam, por si só, as proteínas necessárias. Isso ajuda o sistema imune a reconhecer e atacar o vírus”, disse Dr. Denis Logunov na publicação da The Lancet.

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Poliana Santos

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