Rússia retira restrições a fábricas da JBS e Minerva, diz órgão regulador

O órgão de controle de segurança agrícola da Rússia declarou, nesta sexta-feira (29), que removeu restrições temporárias ao fornecimento de carne bovina de duas fábricas do Brasil, uma delas operada pela JBS (JBSS3) e outra pela Minerva (BEEF3).

O órgão regulador russo Rosselkhoznadzor impôs restrições temporárias de carne suína e bovina do Brasil em dezembro de 2017, após ter encontrado um aditivo alimentar chamado ractopamina em algumas cargas da JBS e Minerva.

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Após o achado, o governo russo permitiu que alguns fornecedores brasileiros retomassem suas vendas. Contudo, algumas fábricas, como as administradas pela JBS e Minerva, tiveram que permanecer restritas.

O aditivo encontrado, ractopamina, faz com que o gado cresça em menos tempo enquanto consome menos ração. A substância é proibida na Rússia e na União Europeia.

Prejuízo da Minerva no 3T19

A Minerva Foods, uma das líderes em exportação de carne bovina da América do Sul, apresentou seu resultado do terceiro trimestre na última terça-feira (12). A empresa teve prejuízo de R$ 82,7 milhões no trimestre. Mesmo assim, a perda ainda foi 37,3% menor do que a registrada no mesmo período de 2018.

Saiba mais: Minerva tem prejuízo de R$ 82,7 milhões no terceiro trimestre

Em 12 meses, contabilizados de setembro de 2018 a setembro de 2019, o prejuízo registrado pela Minerva foi de R$ 319,5 milhões. O valor, porém, demonstra uma recuperação da empresa em comparação com o mesmo período de 2018, quando apresentou prejuízo de R$ 1,4 bilhão.

O fluxo de caixa livre da empresa no terceiro trimestre foi de mais de R$ 500 milhões. A companhia trata o valor como algo considerável, já que a concorrente Marfrig tem o triplo de seu tamanho e gerou aproximadamente R$ 530 milhões em caixa livre. A companhia informou que o fluxo de caixa foi impulsionado, principalmente, por conta da demanda da Ásia.

Resultado da JBS no 3T19

A JBS (JBSS3) divulgou o seu resultado trimestral, no dia 14 de novembro, referente ao período de julho a setembro deste ano. A companhia apresentou o lucro líquido de R$ 356,7 milhões. No mesmo período do ano passado, foi reportado o prejuízo de R$ 133,5 milhões.

Saiba mais: JBS reporta lucro líquido de R$ 356,7 mi, revertendo prejuízo anterior

Além disso, a JBS também indicou que o seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), foi para R$ 5,9 bilhões, um aumento de 33,6%. Segundo a companhia, o indicador atingiu o seu recorde. A Margem Ebitda foi de 11,3%.

No terceiro trimestre deste ano, a Receita Líquida foi de R$ 52,2 bilhões, elevando em 5,6% o resultado frente aos R$ 49,4 bilhões apresentados no mesmo período de 2018.

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A JBS ainda conseguiu uma geração de caixa relevante, o que colaborou para o processo de redução do seu endividamento e antecipação dos pagamentos às instituições bancárias do Brasil.

Rafael Lara

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