Rodrigo Maia acredita que reforma da Previdência não perderá votos até agosto

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confia que terá a mesma quantidade de votos a favor da reforma da Previdência em agosto. A afirmação do líder da Casa Legislativa foi dada em entrevista à TV Globo.

“Acredito o seguinte: se o plenário deu 379 votos sem governo com força para fazer pressão nos deputados pedindo apoio, pedindo voto – porque não há um governo de coalizão –, eu não vejo muitos riscos de a gente perder votos até a primeira semana de agosto”, disse Rodrigo Maia à rede Globo.

Sendo assim, o governo precisa manter os parlamentares a favor da PEC previdenciária até a votação do segundo turno do projeto. A proposta foi aprovada no plenário na última semana por 379 votos a 131. Dessa forma, houve uma larga vantagem sobre o mínimo de 308 votos necessário para uma alteração constitucional.

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Entretanto, o projeto ainda deve passar por uma nova aprovação dos deputados, que ficou para o dia 6 de agosto. A intenção inicial da base aliada do Executivo era de que toda a tramitação na Câmara fosse encerrada antes do recesso parlamentar, com início no próximo dia 18. Contudo, por conta de articulações que ainda seguem em andamento entre governo e integrantes do Congresso, a votação foi postergada.

A base aliada ainda busca convencer parlamentares a apoiarem a reforma da Previdência. A negociação ocorre por meio de liberação de emendas aos deputados. Sendo assim, nos últimos dias de votação, o Executivo chegou a liberar mais de R$ 2,7 bilhões em verba em troca de apoio à PEC.

Veja também: Votação do 2° turno da reforma pode ficar para próxima semana, diz Rodrigo Maia

Recesso e votação

O principal receio do governo com a quantidade de votos se dá por conta do recesso. No período de “férias”, os parlamentares costumam voltar aos seus redutos eleitorais. Dessa forma, os políticos ficam mais próximo aos seus eleitores. Como a reforma previdenciária não é um projeto popular, o risco previsto pela base aliada é de que os parlamentares mudem de opinião.

Por conta disso, o governo, junto ao líder da Câmara, trabalhou para buscar encerrar a tramitação antes do dia 18 de julho. “A estratégia boa era votar tudo [antes do recesso], mas, entre o ideal e o possível, tem que ficar com o possível”, admitiu Rodrigo Maia na entrevista.

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Juliano Passaro

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