Rodovias do Tietê começa a despertar interesse do investidores

A Rodovias do Tietê começa a atrair investidores interessados na concessionária, que está em recuperação judicial, após a aquisição de uma fatia por parte de Latache Capital.

A concessionária apresenta pedágios em 415 quilômetros de rodovias e acessos entre os municípios de Campinas e Bauru, no estado de São Paulo. Atualmente, a dívida da Rodovias do Tietê é avaliada em R$ 1,6 bilhão, em debêntures nas mãos de cerca de 16 mil credores em sua maioria de pessoas físicas.

Até o momento, apenas a Conasa conversou informalmente com os detentores das debêntures. O contato com os debenturistas é necessário para que haja a entrada de um novo sócio acionista no controle da empresa, em conformidade com a escritura da emissão.

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A Conasa participou nesta segunda-feira (8) de uma reunião virtual informal de debenturistas. Segundo fontes, a empresa solicitou o aval dos credores para a compra de 100% do controle da Rodovias do Tietê, no entanto não conseguiu a essa aprovação prévia para negociar a aquisição com os acionistas.

Além disso, foi marcada para essa terça-feira (9) uma assembleia de debenturistas para discutir o acompanhamento da recuperação judicial. O tema da Conasa, entretanto, não está prevista no tópicos da reunião, embora ainda seja possível que os detentores dos títulos manifestem sua opinião.

O mercado ainda discute a existência de propostas da companhias de infraestrutura e concessões rodoviárias CCR (CCRO3), Ecorodovias (ECOR3).

Latache fecha compra de parte da Rodovias do Tietê

A Latache Capital fechou, na primeira metade de maio, o acordo com a Lineas de aquisição da participação de controle na Rodovias do Tietê. A gestora de recursos comprou 50% da empresa, enquanto a outra metade continua com a AB Concessões.

Saiba mais: Rodovias do Tietê tem debêntures marcadas a zero pela XP

A Latache, criada em 2015, atual principalmente na compra dívidas de empresas em reestruturação, como a Rodovias do Tietê. A concessionária protocolou em novembro do ano passado, no Rio de Janeiro, seu pedido de recuperação judicial.

Arthur Guimarães

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