Roberto Azevêdo deixa cargo de diretor-geral da OMC

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, renunciou ao cargo de forma antecipada. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (14).

A saída de Azevêdo, porém, acontecerá no dia 31 de agosto. Vale destacar que faltaria, em agosto, apenas um ano para o final do mandato do chefe da OMC. O anúncio sobre a saída de Azevêdo, aos membros nacionais, foi feito em uma reunião remota, segundo fontes próximas ao assunto.

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“Essa reunião é sobre uma questão administrativa muito específica. Tenho um anúncio a ser feito. Em agosto, completarei 7 anos como diretor-geral da OMC. Decidi que deixarei o cargo em 31 de agosto de 2020, encurtando meu segundo mandato em precisamente um ano”, disse Roberto Azevêdo no início da reunião.


Azevêdo afirmou que a decisão sobre sua saída antecipada não foi feita de uma hora para a outra. “Com o confinamento e minha cirurgia recente no joelho, tive mais tempo para refletir. Cheguei a essa decisão após longas discussões com minha família – minha esposa aqui em Genebra, minhas filhas e minha mãe em Brasília. É uma decisão pessoal – uma decisão familiar – e estou convencido de que ela atende aos melhores interesses desta Organização”, afirmou o executivo.

“Também quero ser claro sobre o que essa decisão não representa. Ela não está relacionada a questões de saúde. Tampouco estou buscando oportunidades politicas”, acrescentou o chefe da OMC.

Azevêdo tem 62 anos e assumiu o cargo de diretor-geral da organização, que tem como objetivo determinar regras globais de comércio, em 2013.

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Roberto Azevêdo também citou os desafios que estão por vir devido a pandemia de coronavírus. “Devemos também garantir que o comércio contribua para a recuperação econômica global da pandemia do COVID-19. Mas não serei o líder com quem vocês traçarão as estratégias e trilharão o caminho adiante”, destacou o chefe da OMC.

Juliano Passaro

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