Resumo da Semana: Brexit; Guerra Comercial; Banco do Brasil; Eletrobras; Unick

A terceira semana do mês de outubro, encerrada na última sexta-feira (18), contou com diversas notícias que mexeram com o mercado interno e, também, o cenário internacional. No Resumo da Semana da Suno Notícias confira todas as notícias mais relevantes dos últimos sete dias.

A Guerra Comercial entre Estados Unidos e China e o Brexit tiveram mais capítulos nesta semana e, consequentemente, acabaram movimentando os mercados de todo o mundo. O follow-on do Banco do Brasil também foi destaque, assim como a operação da Polícia Federal contra a Unick Forex.

Confira os principais pontos do Resumo da Semana:

Guerra Comercial

A guerra comercial permanece sem final. As duas potências mundiais estão em busca de um acordo. Enquanto isso, o mercado oscila a cada notícia sobre o entendimento entre China e Estados Unidos.

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Donald Trump afirmou na sexta-feira (18) que planeja que um acordo comercial entre Estados Unidos e China seja assinado nos dias 16 e 17 de novembro, na Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) no Chile.

Em declaração a repórteres na Casa Branca, Trump salientou o seguinte em relação ao acordo na guerra comercial: “Acho que será assinado com facilidade, espero que até a cúpula no Chile, em que estaremos o presidente Xi e eu”.

“O objetivo final das negociações de ambos os lados é acabar com a guerra comercial e cancelar todas as tarifas adicionais. Isso beneficiaria a China, os EUA e o mundo inteiro. Esperamos que os dois lados continuem a trabalhar juntos, avancem nas negociações e cheguem a um acordo em fases o mais rápido possível”, salientou Feng.

Saiba mais: Guerra comercial: EUA e China negociam acordo cambial

De acordo com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steve Mnunchin,  o objetivo do governo de Donald Trump é assinar um acordo entre os dias 16 e 17 de novembro.

Brexit

Com diversos entraves sobre uma saída com acordo do Reino Unido da União Europeia, o Brexit finalmente parece estar perto de seu final. Representantes do Reino Unido e a União Europeia (UE) alcançaram um acordo sobre o Brexit na última quinta-feira (17).

O Brasil está de olho no desenrolar da novela do Brexit, já que segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI) o Brasil pode perder até US$ 736 milhões por ano em exportações, no cenário mais pessimista.

Em seu Twitter, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, escrever que o Brexit será “justo e equilibrado” e que “onde existe vontade, existe um acordo”.

Impasses entre as Irlandas

O Partido Unionista Democrático da Irlanda do Norte (DUP) afirmou que não está de acordo com a proposta feita pelo governo do Reino Unido. Os impasses seriam por conta de questões alfandegárias e tributárias da fronteira entre as Irlandas depois do Brexit.

“Como as coisas estão, não podemos apoiar o que está sendo sugerido para a questão da alfândega, e há falta de clareza sobre o Imposto sobre Valor Agregado (IVA)”, disse o partido, sobre o Brexit, por meio de uma nota publicada em uma rede social e assinada pela premiê norte-irlandesa e líder do partido, Arlene Foster, e também pelo vice-líder do DUP, Nigel Dodds.

Comissão Europeia não vê necessidade de prorrogação do prazo do Brexit

O presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Junker, informou, também na última quinta-feira (17), que não há necessidade de prorrogar o  prazo do Brexit. Segundo Junker, o acordo alcançado pela União Europeia e o Reino Unido é justo.

Saiba mais: Não há necessidade de prorrogação do Brexit, diz presidente da CE

Ademais, o mandatário salientou que o acordo irá garantir a paz e a estabilidade na ilha da Irlanda. A futura relação com o Reino Unido será negociada “imediatamente” um dia após o Brexit, em 1° de novembro.

“Temos um acordo. Este acordo significa que não há necessidade de nenhum tipo de extensão. É um acordo justo e equilibrado, prova do nosso compromisso para encontrar uma solução”, afirmou Juncker.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil (BBAS3) e o FI-FGTS levantaram, aproximadamente, R$ 5,8 bilhões na oferta subsequente de ações (follow-on).

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De acordo com a “Bloomberg”, o preço por ação do Banco do Brasil na oferta foi de R$ 44,05, o que fica abaixo do fechamento da última quinta em R$ 44,91.

Mais da metade das ações vendidas na oferta são originárias do FI-FGTS, que é administrado pela Caixa Econômica Federal. O resto foi vendido pelo Banco do Brasil, que detinha as ações em sua tesouraria.

Os coordenadores contratados para a oferta do BB foram:

  • BB Banco de Investimento;
  • Credit Suisse;
  • Caixa;
  • Itaú BBA;
  • XP Investimentos;
  • JP Morgan.

A precificação das ações do follow-on do Banco do Brasil (BBAS3) já estava marcada para a última quinta-feira (17).

O BB irá ofertar 132.506.737 ações, que serão negociadas a partir da próxima segunda-feira (21) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

Conforme o relatório preliminar divulgado pela instituição, os investidores terão preferência na alocação das reservas.

Ademais, o follow-on do BB terá uma restrição de venda (lock-up) de 45 dias para investidores de varejos. De acordo com o banco, caso haja excesso de demanda entre os interessados em aderirem o lock-up, não haverá alocação para os investidores de varejo sem alocação prioritária.

Eletrobras

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, declarou, no meio da semana, que a estatal se prepara para a privatização por meio do aumento de capital anunciado na última segunda-feira (14).

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De acordo com Ferreira, o aumento de capital poderá contribuir para o caixa da Eletrobras. Os recursos serão destinados para iniciativas estratégicas de gestão e para a retomada dos investimentos.

Ademais, o capital gerado possibilitará o pagamento de obrigações pendentes. As dívidas mencionadas por Ferreira correspondem aos investimentos realizados pelo governo para adiantar a operação de capitalização.

O valor obtido por meio da operação poderá ser atribuído para o pagamento, em 2020, de R$ 2,292 bilhões, da reserva de dividendos. A maior parte do pagamento será encaminhada para a União.

Saiba mais: Privatização da Eletrobras chega ao Congresso até novembro, diz ministro

Além disso, a empresa chine energia elétrica State Grid está estudando as possibilidades de se expandir no Brasil. A companhia afirmou que tem interesse em participar, de alguma forma, da privatização da Eletrobras.

Unick Forex

Na última quinta-feira, a Polícia Federal (PF) iniciou uma ação denominada “Operação Lamanai” contra a empresa Unick Forex, sediada em São Leopoldo, no Vale dos Sinos. A investigação tem o apoio da Receita Federal.

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Cerca de 200 policiais federais cumpriram 65 mandados de busca e apreensão e dez de prisão contra pessoas ligadas diretamente a Unick Forex. A operação é desencadeada em cinco estados. Entre as cidades, estão:

  • Porto Alegre
  • Canoas
  • São Leopoldo
  • Caxias do Sul
  • Curitiba
  • Bragança Paulista
  • Palmas
  • Brasília

Medidas judiciais cautelares também são executadas para apreensão de automóveis, bloqueio de valores em contas correntes e sequestro de bens. A investigação sobre a organização criminosa mostra que a empresa chegou a captar R$ 40 milhões por dia. Além disso, a PF afirma que a empresa pode ter movimentado cerca de R$ 9 bilhões levando em conta operações no mundo inteiro.

Saiba mais: Presidente da Unick Forex é preso em operação da Polícia Federal

O presidente da Unick Forex, Leidimar Lopes, e o diretor de Marketing da empresa, Danter Silva, foram presos na operação.

Os administradores da Unick Forex responderão por organização criminosa, evasão de divisas e crimes contra o sistema financeiro.

Durante a operação, também foram apreendidos 1.500 bitcoins (cerca de R$ 49 milhões), carros e imóveis dos representantes da empresa. De acordo com o delegado Aldronei Rodrigues, responsável pelo caso, o valor apreendido pode ser a única forma de ressarcir os investidores que foram prejudicados.

Fique ligado no Resumo da Semana da Suno Notícias.

Juliano Passaro

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