Renault registra ascensão em vendas no Brasil no 3T19

As vendas da Renault no Brasil cresceram em 5,6% no terceiro trimestre. Entretanto, mesmo com a ascensão, a montadora francesa diminuiu a previsão de crescimento no País em 2019 de 8% para 7%, seguindo, dessa forma, as projeções para outros mercados.

A Renault estima uma baixa de 4% nas vendas globais. A montadora esperava, anteriormente, uma queda de 3% neste quesito. As informações constam no documento que acompanha dados prévios do terceiro trimestre.

No período de julho a setembro, a venda de carros da Renault recuou, em termos globais, 4,4% na comparação ano a ano. De acordo com a empresa francesa, caso os efeitos da saída empresa do Irã não fossem levados em conta, a baixa seria de 1,8%. Na Europa, a queda foi de 3,4% nas vendas.

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A Argentina é um dos países que não apresentaram bons retornos para a Renault no terceiro trimestre, com uma forte baixa de 30% no número de veículos vendidos. A Turquia também se encontra na mesma situação, com uma queda de 21,7%. No trimestre em questão, a receita da Renault registrou baixa de 1,6% para 11,3 bilhões de euros.

Renault e Nissan buscam recomeço da aliança

O conselho de administração da Renault decidiu, por meio de uma votação, destituir do cargo de presidente-executivo, Thierry Bollore. A decisão foi feita no dia 11 de outubro. Com isso, a Renault e a gigante japonesa Nissan tentam recomeçar a aliança que pode ter sido enfraquecida por Carlos Ghosn, ex-dirigente da coligação que esteve envolvido em esquemas de corrupção.

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A montadora francesa e a Nissan começaram a ter problemas de relação após a prisão de Ghosn, em Tóquio, em 2018. Na ocasião, o executivo era acusado de má conduta financeira, apesar de ainda negar.

Bollore foi promovido neste ano em uma tentativa de ajudar a Renault a se estabilizar, entretanto sua relação com a Nissan não era das melhores. Dessa forma, o Estado francês e a Renault decidiram destituir o presidente-executivo para melhorar o relacionamento com a empresa japonesa e reforçar novamente a aliança.

Juliano Passaro

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