Integrantes do PSL ameaçam não votar a reforma da Previdência

A bancada policial do PSL na Câmara dos Deputados ameaçou nesta terça-feira (2) não votar a reforma da Previdência nem na comissão especial e nem no plenário da Casa. O PSL é o partido do presidente da República, Jair Bolsonaro.

A ameaça não foi feita pela totalidade dos 52 deputados com voto válido na Câmara. Conforme a “Folha de S. Paulo”, cerca de 22 parlamentares do PSL poderão votar contra a reforma da Previdência.

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A motivação dos parlamentares da bancada policial do PSL está nas demandas da classe. Os policiais desejam regras mais brandas de aposentadoria. Ou até mesmo regras próprias, similarmente aos militares das Forças Armadas.

De acordo com o “Estado de S. Paulo”, o ministro da Economia, Paulo Guedes, posiciona-se contra o movimento liderado pelo PSL, que pode desidratar a reforma da Previdência.

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O líder do partido na Câmara, Delegado Waldir (GO), também não é favorável às demandas pedidas pela bancada. “Somos governo e principais responsáveis pela aprovação da reforma da Previdência. Defendemos corporações, mas elas não estão acima do País”, disse.

Com opinião similar, o deputado Alexandre Frota (PSL-SP), coordenador da bancada do partido na comissão especial, também é contra. “Eu já bati o martelo, nós não vamos apresentar destaques, já está certo. O PSL não vai ser o culpado por desidratar o texto”, disse.

Apesar de não concordar com a postura dos colegas de partido, Frota não negou o direito dos mesmos de tomarem a decisão que quiserem. “Isso pra gente não tem problema algum. Eles estão no direito deles. Apesar do PSL ter fechado a questão, podemos reabrir a discussão e liberar a bancada na votação no plenário”, disse.

Policiais protestam contra reforma da Previdência no Congresso

Ainda nesta terça-feira, em data de apresentação do parecer da proposta Previdenciária na comissão especial da Câmara, policiais civis e federais realizaram uma manifestação pedindo a Bolsonaro (PSL) comprometimento com a classe.

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O protesto dos policiais contra a reforma da Previdência teve início na madrugada no Congresso Nacional. Gritos de “Bolsonaro traidor” preencheram o local e a hashtag #PiorAposentadoriaPolicialdoMundo foi lançada nas redes sociais.

Amanda Gushiken

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