Reforma da Previdência: Bolsonaro define idades mínimas de novo regime

O presidente Jair Bolsonaro bateu o martelo nesta quinta (14) sobre as idades mínimas da reforma da Previdência: 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.

Bolsonaro tomou a decisão em reunião com a equipe econômica para definir a reforma da Previdência a ser enviada ao Congresso. Estavam presentes o ministro da Economia, Paulo Guedes, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz.

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A implementação da idade mínima se dará após um período de 12 anos de transição do atual regime previdenciário.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) será assinada pelo presidente no próximo dia 20. A informação é do secretário de Previdência Social, Rogério Marinho.

Moody’s não vê reforma da Previdência aprovada neste semestre

Na última quarta (13), a agência de classificação de risco Moody’s informou que não espera que a reforma da Previdência seja aprovada antes de julho. O relatório com as informações foi assinado pelos analistas Samar Maziad, Patrick Cooper e Mauro Leos.

Para a Moody’s, a proposta da reforma da Previdência vai sair da versão vazada no dia 4 de fevereiro. A minuta publicada na imprensa prevê uma alíquota de recolhimento previdenciário progressiva, tal como é feito no Imposto de Renda, de acordo com o salário do contribuinte. Quanto maior o rendimento, portanto, mais alto o percentual.

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A proposta de reforma que será enviada pelo governo de Jair Bolsonaro ao Congresso é mais ambiciosa, segundo a agência. O documento compara a meta de redução de gastos para fazer a distinção. Enquanto a proposta do governo de Michel Temer previa uma economia de R$ 600 bilhões com a mudança nas regras da aposentadoria, o atual texto quer poupar até R$ 1 trilhão. A empresa de avaliação de risco, no entanto, é mais cética quanto à meta. Ela considera que deverá se poupar entre R$ 600 bilhões e R$ 800 bilhões.

O relatório com essas análises, que foi enviado a clientes na quarta, diz que a qualidade e a profundidade da reforma da Previdência vai depender da habilidade do governo em encontrar um consenso para a sua aprovação. “A nova liderança no Congresso apoia a reforma da seguridade social, mas amplas coalizões são necessárias”, dizia o texto.

Guilherme Caetano

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