Recuperação da economia ocorrerá em ritmo gradual, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, afirmou que a economia brasileira deve acelerar nos próximos trimestres, mas por enquanto o PIB deve permanecer estável. O discurso foi feito nesta terça-feira (27), em uma audiência pública, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Para Campos Neto, a recuperação da economia brasileira deve acontecer de forma gradual. “Em relação à atividade econômica, dados recentes sugerem a possibilidade de retomada do processo de recuperação da economia brasileira, que tinha sido interrompido nos últimos trimestres. Nosso cenário supõe que essa retomada ocorrerá em ritmo gradual”, disse.

O presidente do BC do Brasil disse que a economia também deve acelerar com a liberação dos recursos do FGTS e do PIS/Pasep.

“Com base nos dados disponíveis, estimamos que o PIB tenha ficado estável ou crescido ligeiramente. Para os trimestres seguintes, esperamos alguma aceleração, que deve ser reforçada pelo efeito da liberação de recursos do FGTS [Fundo de Garantida do Tempo de Serviço] e PIS-Pasep [Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público]”, afirmou.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/03/1420x240-Banner-Home-3.png

Campos Neto mostrou-se a favor das reformas no cenário econômico brasileiro. “Em um contexto de pouco espaço fiscal para investimentos públicos, reiteramos a importância da continuidade do processo de reformas e ajustes que gerem sustentabilidade da trajetória fiscal futura. Ao reduzirem incertezas fundamentais sobre a economia brasileira, as reformas tendem a estimular o investimento privado”, salientou o presidente do BC.

Veja também: Senado negocia início da votação do projeto que beneficiará a Oi 

Vale ressaltar que os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro do segundo trimestre deste ano serão divulgados na quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com Campos Neto, a agenda microeconômica também irá influenciar em uma retomada mais forte da economia brasileira. A agenda microeconômica inclui iniciativas que buscam: “o aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios”.

 

Juliano Passaro

Compartilhe sua opinião