Rebel, fintech de crédito, recebe aporte de US$ 10 milhões

A startup de crédito Rebel anunciou nesta terça-feira (3) que recebeu US$ 10 milhões (R$ 41,98 milhões) por meio de uma nova rodada de investimentos para expandir suas operações. Os aportes foram liderados pelo fundo brasileiro Monashees e pelo norte-americano Fintech Collective.

A Rebel, criada em 2016, concede empréstimos de R$ 1 mil a R$ 25 mil pela internet, com taxas de juros que variam de 1% a 8% ao mês. O empréstimo é disponibilizado em questão de minutos, após um sistema da fintech vasculhar todas as informações do usuário na internet, com o seu devido consentimento.

Com esse novo aporte, a companhia informa que que investirá nas áreas de ciência de dados, desenvolvimento, marketing e vendas. Hoje sediada no Rio de Janeiro, a Rebel atua também em São Paulo com cerca de 50 colaboradores.

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“Queremos dobrar ou triplicar o número de funcionários ao longo de 2020. Precisamos estar espalhados pelo País para conseguir contratar, porque hoje há escassez de profissionais nessa área”, informou Rafael Pereira, presidente executivo da empresa. “Nossa meta é ajudar a reduzir um problema histórico no País, que é o alto spread bancário”.

Para isso, a Rebel trabalha na construção de sua tecnologia própria, capaz de avaliar até 2 mil variáveis que cercam o cliente que busca um empréstimo.

Entre os dados analisado, há o estudo da localidade em que o cliente reside, com auxílio do Google Street View. “Conseguimos ver, pelas fotos, o tipo de carro e comércio na região, o que as pessoas vestem e fazer uma inferência para avaliar a capacidade de pagar do cliente”, disse André Botelho, cofundador e diretor financeiro da empresa.

Operação da Rebel

Para Pereira, o trabalho realizado até agora permitiu à companhia entender perfis de consumo e comportamento de seus consumidores, com um produto de risco considerável.

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Crédito sem garantia é algo mais difícil, mas decidimos começar por ele porque se fosse pra dar certo, ia dar certo rápido”, informou. Durante os últimos três anos, a Rebel disse já ter recebido pedidos de R$ 5 bilhões em empréstimos, no entanto, não revelou quanto de fato disponibilizou.

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O presidente-executivo disse que é o momento de explorar novos produtos. Para os próximos meses, deverá ser lançado um aplicativo próprio e de linhas de crédito oferecidas em parceria com varejistas.

“Acreditamos que o brasileiro nunca teve crédito de verdade, mas sim dívidas, porque os principais empréstimos concedidos aqui sempre foram consignados ou com garantias reais”, afirmou o presidente da Rebel. “Queremos reduzir a dependência do brasileiro de instrumentos como cheque especial ou cartão de crédito.”

Jader Lazarini

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