Produção de veículos no Brasil cai 84,4% em maio, diz Anafavea

A produção de veículos no Brasil no mês de maio caiu 84,4% em comparação com o mesmo período no ano passado. A informação foi divulgada na última sexta-feira (5) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Foram produzidos 43,1 mil veículos, trata-se do menor volume para o mês desde 1985. A produção de caminhões caiu 63,9%, o equivalente a 4,1 mil unidades, e as máquinas agrícolas e rodoviárias foram produzidas 3,6 mil, queda de 29,5%.

As exportações de carros registraram recuo de 90,8%, e de maquinas 39,4%, na comparação de base anual. O único dado positivo apresentado pela Anfavea foi o crescimento de vendas de 23,3% das máquinas. Nesse quesito, autoveículos caíram 74,7%, e os caminhões recuaram 47,2%.

Conheça o Suno One, a central gratuita de informações da Suno para quem quer aprender a investir. Acesse clicando aqui.

“Embora junho sinalize algum retorno mais efetivo às atividades, teremos sem dúvida o pior trimestre da história do setor automotivo. Resta esperar por uma reação no segundo semestre capaz de evitar maiores danos à cadeia automotiva”, informou a Associação.

Vendas de veículos novos no Brasil devem cair 40% em 2020, diz Anfavea

Segundo a projeção da Anfavea, as vendas de veículos novos no Brasil devem cair 40% neste ano.

A estimativa da associação, revelada na sexta, junto à divulgação da alta de 2,23% nas vendas de veículos de maio em relação a abril. Mesmo assim, segundo a Associação, o mercado automotivo teve seu pior maio desde 1992.

“Embora junho sinalize algum retorno mais efetivo às atividades, teremos sem dúvida o pior trimestre da história do setor automotivo”, disse Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea. “Resta esperar por uma reação no segundo semestre capaz de evitar maiores danos à cadeia automotiva.”

Veja Também: Venda de veículos recua 74,6% em maio, diz Fenabrave

No início deste ano, a Associação esperava vender 3,05 milhões de veículos até o final de 2020. A previsão caiu para 1,65 milhão. “Perdemos praticamente dois meses de produção [abril e maio]. Em junho, ainda não esperamos grande recuperação. Esperamos que o terceiro trimestre melhore e o quarto melhore ainda mais”, disse Moraes.

Poliana Santos

Compartilhe sua opinião