Balanços da semana

Presidente do Inep pede demissão; é a primeira baixa na gestão de Weintraub

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pediu demissão na quinta-feira (16). A saída de Elmer Coelho Vicenzi é a primeira baixa da gestão do novo ministro Abraham Weintraub. O delegado da Polícia Federal permaneceu na presidente da autarquia por 24 dias.

A informação foi confirmada pelo Ministério da Educação (MEC). Vicenzi foi a terceira pessoa a ocupar a presidência do Inep desde o início da gestão Bolsonaro. O Inep é uma autarquia vinculada ao MEC. Dessa forma, o instituto é responsável pelas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

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Três baixas no Inep

Vicenzi é o terceiro a deixar a presidência do Inep em 2019. Dessa forma, já passaram pela liderança do instituto:

  • Marcus Vinicius Rodrigues – ocupou o cargo de 22 de janeiro a 26 de março; foi demitido após suspender avaliação da alfabetização;
  • Maria Inês Fini – nomeada por Temer em 2016, foi demitida em 14 de janeiro.
  • Elmer Coelho Vicenzi – assumiu em 15 de abril, indicado por Weintraub.

A baixa no Inep ocorre em um momento delicado para o governo em se tratando da Educação. Nesta semana, o ministro da pasta foi convocado a prestar esclarecimentos sobre cortes no Orçamento à Câmara. Weintraub foi o primeiro ministro do governo Bolsonaro a ser convocado por uma das casas do Congresso a prestar esclarecimentos.

Saiba mais: Câmara convoca ministro para explicar cortes na Educação nesta quarta

Desarticulação do governo

A saída de Vicenzi do Inep aponta para a desorganização do governo. Além disso, a convocação também foi vista como mais uma derrota ante o Congresso.

A convocação do ministro ocorreu depois da repercussão negativa do anúncio do governo em bloquear um total de R$ 7,3 bilhões no setor. Assim, o corte vai desde o ensino infantil à pós-graduação.

As medidas estão dentro de um plano de contingenciamento de R$ 30 bilhões do governo. No Ministério da Educaçãoo corte atingiu 23% do orçamento da pasta.

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Por conta disso, protestos ocorreram na última quarta-feira (15) por todo o País contra os cortes na Educação. As manifestações estão programadas para ocorrer em pelo menos 25 dos 26 estados e Distrito Federal brasileiros.

Beatriz Oliveira

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