Presidente da Eletrobras se diz favorável a incorporação da Eletrosul pela CGTEE

O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, afirmou nesta quinta-feira (26), que a união entre Eletrosul e CGTEE pode ser benéfica para ambas. As duas empresas são subsidiárias da estatal do setor de energia elétrica.

“A essência dessa integração é que as duas empresas, que têm dificuldades e desafios, funcionariam melhor juntas”, alegou o presidente da Eletrobras durante uma audiência pública da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado.

A audiência tinha como objetivo a discussão sobre a incorporação das empresas da Eletrobras localizadas na região Sul do Brasil. A maior intriga no processo é o fato de uma empresa menor, que enfrenta problemas financeiros, querer incorporar uma maior, que se encontra em uma situação financeira mais favorável.

O presidente da Eletrobras disse que a Eletrosul, em 2015, estava com o endividamento de nove vezes em relação a sua geração de caixa anual.

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“Para se ter uma ideia, o BNDES só financia empresas onde essa relação é de no máximo de duas vezes e meia. Então, tínhamos de fato um grande problema. A companhia não conseguia ter acesso a nenhum tipo de financiamento e dívidas muito elevadas e muito caras”, disse.

Privatização da Eletrobras

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, afirmou, no dia 19 de setembro, que a proposta de privatização da Eletrobras (ELET3) (ELET5) (ELET6) não terá votos suficientes na Casa.

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De acordo com Alcolumbre, grande parte dos senadores nordestinos e nortistas, “inclusive eu”, são contra a desestatização da Eletrobras. Além disso, Alcolumbre sugeriu que o governo fizesse uma troca de prioridade na pauta de privatização e inicia-se pelos Correios.

“Tem que ter uma agenda de privatizações. O governo não pode começar pela Eletrobras. Começa com o que tem mais facilidade para depois ir para o que tem mais dificuldade “, salientou o líder do Senado.

Juliano Passaro

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