Presidente da CVC (CVCB3) renuncia, Leonel Andrade assume

O presidente da CVC (CVCB3), Luiz Fernando Fogaça, apresentou nesta quinta-feira (5) sua renúncia ao Conselho de Administração da empresa de turismo. A informação foi divulgada em fato relevante.

Segundo o documento, Leonel Andrade, ex-presidente da Smiles (SMLS3), foi nomeado pelo Conselho novo CEO da CVC. O executivo deveria receber também uma participação acionária na empresa.

A mudança no comando da gigante do turismo brasileira é uma tentativa de superar a situação delicada que enfrenta, marcada por indícios erros contábeis e pelos impactos do coronavírus no mercado turístico.

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Desde a última sexta-feira (28), quando a companhia divulgou um fato relevante sobre os equívocos nos balanços de resultados, as ações da empresa já desvalorizaram mais de 20% na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

Saiba mais: CVC: Leonel Andrade será o novo CEO da empresa, diz jornal

Desde janeiro, quando as ações valiam cerca de R$ 44,00, foi perdido cerca de 50% do valor. Com isso, os acionistas começaram a pedir mudanças na liderança.

Conheça Leonel Andrade

Atualmente, Leonel Andrade faz parte do Conselho de Administração da BR Distribuidora (BRDT3) e da Lojas Marisa (AMAR3). O executivo atuou como CEO da Smiles entre 2013 e 2019. Além disso, Andrade liderou a Credicard durante seis anos e foi diretor executivo de negócios da Visa, entre 1996 e 1998.

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Em 2017 e 2016, o executivo foi eleito pela “Institutional Investor” como o melhor CEO de Serviços Financeiros da América Latina.

Suposto erro contábil no balanço da CVC

A CVC comunicou na última sexta-feira que constatou, em uma avaliação preliminar, indícios de erros contábeis no balanço de resultados do quarto trimestre de 2019.

Saiba mais: CVC (CVCB3) encontra suspeita de erro contábil no balanço do 4T19

Os erros foram encontrados na “contabilização de valores transferidos aos fornecedores de serviços turísticos referentes às receitas próprias de tais fornecedores”. Ou seja, os equívocos estão relacionados à diferença entre os valores provisionados no momento da contratação de um serviço turístico e os recursos que foram realmente transferidos após a realização das viagens.

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Conforme a avaliação preliminar, a CVC estima que o impacto dos ajustes em sua receita líquida de vendas poderá chegar a R$ 250 milhões.

Carlo Cauti

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