Petróleo: Preço sobe com chegada de tempestades no Golfo dos EUA

Nesta segunda-feira (24) os contratos futuros de petróleo e gasolina estão sendo negociados em alta, já que o mercado está atento à chegada de duas tempestades no Golfo dos EUA. Tal evento levará à paralisação de parte da produção da commodity na região durante esta semana.

O Wholesale US Gasoline Futures Benchmark, a referência para a produção de gasolina nos EUA, subiu 2,4%, para US$ 1,24 (cerca de R$ 6,92) o galão na Bolsa Mercantil de Nova York. Os contratos vinculados ao principal índice do petróleo bruto dos EUA, o WTI, avançaram 0,3%, para US$ 42,45 o barril, enquanto o petróleo Brent, indicador internacional para os preços do petróleo, subiu 0,7%.

Mais de 15% da produção de petróleo dos EUA é baseada na região da Costa do Golfo e quase metade de todas as refinarias dos EUA estão localizadas nessa costa. Isso significa que, mesmo com um fechamento temporário das instalações de produção, a oferta do petróleo pode ser duramente afetada. Mais da metade da produção de petróleo na área foi encerrada no último domingo (23), segundo o Bureau de Segurança e Fiscalização Ambiental.

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A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA previu que a tempestade tropical Marco, atualmente no Golfo do México, atingirá o continente na manhã de terça-feira (25) no estado da Louisiana. A tempestade é seguida por outra tempestade tropical, Laura, que deve se transformar em um furacão na terça-feira, ao entrar no Golfo do México, e chegar à Louisiana na manhã de quinta-feira (27).

O aumento do preço, desencadeado pelas duas tempestades, provavelmente será de curta duração, disseram alguns analistas consultados pelo “The Wall Street Journal”. Os estoques de petróleo permanecem altos e as perspectivas para a demanda ainda são incertas, já que o coronavírus (covid-19) impossibilita viagens e reduz a necessidade de combustível.

É provável que novos casos de coronavírus pesem sobre a atividade econômica global, mantendo os preços do petróleo limitados, apesar de especialistas norte-americanos preverem uma temporada de furacões no Atlântico mais ativa do que o normal.

Daniel Guimarães

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