Grana na conta

Renault e Fiat Chrysler têm alta nas ações após anúncio de possível fusão

Nesta quarta-feira (21), as ações da Renault e da Fiat Chrysler tiveram alta, após uma notícia de que as montadoras poderiam retomar as negociações sobre uma possível fusão.

Caso o acordo seja feito, entre Fiat e Renault, as duas empresas formarão juntas a terceira maior montadora de automóveis do mundo, com 15 milhões de veículos vendidos por ano, resultando em um grupo formado com 50% de participação para cada lado.

Após a notícia, as ações da Renault subiram 5,25% na Bolsa de Paris, sendo negociadas a 51,31 euros. A Fiat também teve alta, de 4,11% em Milão.

Fusão Fiat Chrysler e Renault

As empresas chegaram a anunciar a fusão em maio deste ano, mas pouco mais de uma semana depois o acordo foi desfeito. Em junho, as duas companhias decidiram por encerrar as negociações por conta do governo francês, que detém 15% da Renault. O valor da operação entre as empresas de automóveis ficaria em torno de 33 bilhões de euros.

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No dia 5 de junho, a Fiat Chrysler anunciou que havia retirado sua oferta de fusão com a francesa Renault. Na época, a FCA afirmou que as condições políticas da França impediam que a negociação obtivesse sucesso.

O principal foco da fusão entre Fiat e a Renault seria a união de forças para lidar com as dificuldades estruturais que o mercado global de automotivos tende a enfrentar no futuro.

Veja também: Fiat Chrysler tem aumento de 14% no lucro líquido do segundo trimestre 

Interferência do executivo da França nos negócios

Há dois meses, a montadora francesa afirmou que tinha interesse no negócio com a Fiat. Entretanto, destacou que “não pôde tomar uma decisão devido ao pedido expresso dos representantes do estado francês para adiar a votação para um conselho posterior”.

Anteriormente, o governo da França tinha declarado apoio à fusão. Contudo, a Fiat deveria cumprir com algumas condições como:

  • preservar os empregos;
  • manter os locais industriais na França;
  • proteger a aliança com a Nissan;
  • assinar um projeto europeu de fabricação de baterias.
Juliano Passaro

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