Pompeo afirma que China frustrou expectativas; Pequim responde

Na última segunda-feira (3), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse que o país norte-americano perdeu as esperanças quanto aos direitos humanos da China. O secretário fez referência ao protesto Praça da Paz Celestial, que ocorreu há 30 anos atrás.

Além disso, Pompeo comentou que o país do oriente frustrou as expectativas dos EUA. Acreditava-se que após 30 anos dos protestos a China se tornaria uma sociedade “mais tolerante e aberta”.

Em pronunciamento ao do massacre do protesto Praça Celestial, o secretário disse, “durante as décadas seguintes, os Estados Unidos esperaram que a integração da China ao sistema internacional levasse a uma sociedade mais aberta e tolerante. Essas esperanças se viram frustradas“.

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Além disso, Pompeo ressaltou que o massacre não teve fim, ele afirma que os chineses ainda sofrem abusos.

“Hoje, os cidadãos chineses estão submetidos a uma nova onda de abusos, especialmente em Xinjiang, onde os líderes do Partido Comunista tentam estrangular metodicamente a cultura uigur e apagar a fé islâmica“, comentou o secretário.

É conhecido por uigur um povo de origem turcomena que habita principalmente na Ásia Central. Conforme o “Estado de S.Paulo” é estimado que 1 milhão de uigures foram presos em um encarceramento como treinamento com o intuito de reduzir o radicalismo.

Após as declarações, nesta terça-feira (4), Pequim se manifestou.

Pequim reage

De acordo com o porta-voz da embaixada de Pequim em Washington, as declarações tiveram como objetivo atacar o sistema e depreciar as políticas internas da China.

Além disso, ressaltou que os comentários foram feitos com “preconceito e arrogância”.

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“Esta é uma afronta ao povo chinês e uma grave violação do direito internacional e das normas básicas que reagem as relações internacionais. A parte chinesa manifesta seu forte descontentamento e sua firme oposição”.

De acordo com o porta-voz, o secretário utilizou de “pretextos dos direitos humanos” com o objetivo de interferir “grosseiramente nos assuntos internos da China, atacar seu sistema e desprestigiar suas políticas internas e externas”.

Praça da Paz Celestial

O Protesto na Paça da Paz Celestial, em 1889, constituiu em manifestações lideradas por estudantes da China. Os manifestantes acreditavam que o governo do Partido Comunista era repressivo e corrupto. As pessoas que participaram do ato foram brutalmente assassinadas pelo governo.

Em relação ao episódio, Pompeo pede ao governo chinês que “faça um relato público e completo dos mortos desaparecidos”. Em resposta o porta-voz afirmou que qualquer um que tentar “subestimar e intimidar o povo chinês apenas terminará no esquecimento da história”.

Poliana Santos

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