PIB da zona do euro cai 15% no 2T20, maior queda da história

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro caiu 15% no segundo trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período do ano passado. Esse é o pior trimestre registrado na série histórica, acompanhado pela Eurostat, escritório de estatísticas do bloco europeu, desde 1995. Se considerados os 27 países da União Europeia (UE), a economia caiu 14,4%.

Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o PIB da zona do euro caiu 12,1% — uma baixa de 11,9% levando em consideração os todos os integrantes da UE. A Eurostat atribui o resultado ao forte impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no período.

Segundo a Eurostat, a crise afetou em menor intensidade duas das maiores economias do bloco, Alemanha e França. Por outro lado, Itália, Portugal e Espanha foram os mais impactados. O desempenho da economia entre abril a junho coloca o bloco econômico em recessão técnica (definida por dois trimestres seguidos de retração).

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O escritório de estatísticas salienta que os dados são primeiras estimativas, baseadas em dados ainda inconclusivos, que serão revisados. A próxima estimativa deve ser divulgada no dia 14 de agosto.

Desempenho do PIB da zona do euro e UE, em comparação com o trimestre imediatamente anterior, desde 2008. Fonte: Eurostat

Na última quinta-feira (30), a Alemanha registrou uma queda histórica de 10,1% do PIB no segundo trimestre deste ano, em comparação com o primeiro trimestre. Antes, o recorde era baixa de 4,7% no primeiro trimestre de 2009, quando o país enfrentava a crise financeira mundial.

Já a Espanha registrou uma queda de 18,5% na economia, na comparação com o trimestre anterior. De acordo com Instituto Nacional de Estatística (INE), essa recessão também ocorreu devido ao coronavírus.

A pandemia também gerou um aumento da taxa de desemprego da zona do euro. Segundo os dados preliminares divulgados pela Eurostat, o desemprego na área monetária do continente subiu de 7,7% em maio, para 7,8% em junho.

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O impacto no mercado de trabalho não foi mais intenso devido aos programas governamentais que pagam os salários dos trabalhadores afastados. Embora as empresas não tenham tido de arcar com a totalidade dos salários, a atividade econômica foi limitada em razão da pandemia, o que impactou o PIB do Velho Continente.

Jader Lazarini

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