PIB brasileiro pode recuar no trimestre pela primeira vez desde 2016

Dados divulgados pelo Banco Central na última segunda-feira (15) apontam queda do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano. A comparação é feita em relação de mesmo período do ano passado. Este resultado não acontece desde o último trimestre de 2016, (-0,06%).

O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) revelou que o PIB economia teve um recuou de 0,73%. Desse modo, esse dado mostra a maior queda desde maio do ano passando, quando houve a greve dos caminhoneiros. Em janeiro, o indicador havia cedido 0,31%.

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Algumas instituições esperam que o PIB tenha uma leve alta. Entretanto, esse não é o caso dos bancos Fator, Bradesco e Itaú Unibanco, que estimam um declínio no período de janeiro a março.

Estimam Declínio

De acordo com o economista-chefe do banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, é projetado um recuo de 0,2% para o primeiro trimestre. Segundo o economista o consumo tem sido mais fraco e a utilização da capacidade instalada menor.

Já o Itaú estima cerca de alta de 0,3% para declínio de 0,1%. Deste modo, a prospectiva de crescimento em 2019 passou de 2% para 1,3%. Em nota, o banco afirma que não há sinais de melhora do investimento e a indústria esta estagnada. O banco revisou, na última sexta-feira (12), sua expectativa para o PIB.

O Bradesco reconhece que a estabilidade das vendas no varejo e a queda nos serviços são concordantes com a expectativa de retração de 0,1% do PIB. De acordo com a análise do banco, a atividade segue fraca estes são os primeiros sinais do recuo.

Estimam Alta

O economista-chefe da corretora Necton, André Perfeito, projeta um crescimento na faixa de 1% em 2019.  Neste momento, ele estima 0,15% para o período de janeiro a março. Entretanto, o economista reconhece uma possível queda.

Já para o economista-chefe da corretora MB Associados, Sergio Vale, estima alta de 0,2%. No entanto, não descarta a possibilidade de um resultado negativo. ” O grande entrave é aprovar a reforma da Previdência e resgatar a confiança”, afima Vale. “A reforma está mais demorada, mais difícil e com grande risco de ser pior” completa.

De acordo com o economista da empresa de seguros e previdência, Mongeral Aefon Investimentos, o Julio Cesar Barros, estima uma alta de até 0,2%. Para ele, a redução da Vale depois do rompimento em Brumadinho (MG) é um dos motivos para a decepção do primeiro trimestre. “Mas não é o fim do mundo, não é o fim da recuperação econômica. Se o segundo trimestre ficar negativo também, aí realmente o cenário fica complicado,” afirma Barros.

FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) global em 0,2 ponto percentual em relação ao 3,5% esperados em janeiro deste ano.

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O documento divulgado na última terça-feira (9) revela que a economia global vem desacelerando com o passar dos anos. Em 2019 a economia deverá crescer apenas 3,3]5 depois de avançar 3,8% em 2017 e 3,6% em 2018.

O Brasil teve sua projeção baixa pelo FMI de 2,5% para 1,6%.

Data Oficial

A divulgação do PIB será no dia 30 de maio deste ano, pelo Instituto de Geografia e  Estatística (IBGE).

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Poliana Santos

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