Grana na conta

PIB do Brasil deve cair 5% em 2020, segundo OCDE

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estimou nesta quarta-feira (16) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve recuar 5,0% neste ano, devido à recessão causada pelos impactos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

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Em contrapartida, a OCDE espera que o PIB brasileiro avance  2,6% e 2,2%, em 2021 e 2022, respectivamente. As projeções constam no Relatório Econômico de 2020 sobre o Brasil.

No entanto, as previsões da entidade são mais pessimistas do que as do governo. A equipe econômica prevê uma queda de 4,5% no PIB em 2020, com uma recuperação de 3,20% em 2021 e de 2,50% em 2022.

Já analistas consultados pelo Banco Central (BC), apontaram no último Relatório Focus, que esperam uma queda de 4,41% no Produto Interno Bruto do Brasil, ao passo que em 2021 e 2022 preveem um aumento de 3,50% e 2,50%, nesta ordem.

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Além disso, o relatório aponta que o consumo privado no Brasil deve cair 6,2% em 2020, mas deve apresentar uma retomada de 2,7% no ano que vem, e de 2,2% em 2022. Por sua vez, o consumo do governo deve recuar 4,8% neste ano, enquanto em 2021 deve avançar 0,5%. Para 2022, a estimativa é de que fique estagnado.

Sobre a formação bruta de capital fixo, a entidade projeta que deve ter uma recuperação mais forte após o recuo de 5,1% esperado para este ano.  Assim, a OCDE projeta que a taxa de investimentos deve acelerar nos próximos anos, alcançando um resultado positivo de 4,4% em 2021 e de 5,6% em 2022.

Por sua vez, os níveis de desemprego no Brasil devem continuar elevados, segundo as projeções feitas pela OCDE. A entidade espera que o indicador termine este ano em 13,6%, enquanto em 2021 fique em 16,0% e em 2022 seja de 15,0%.

A inflação deve seguir controlada, abaixo do centro das metas para os anos à frente, com as estimativas em 3,8% em 2020, 2,9% em 2021 e 3,4% em 2022.

Déficit primário deve recuar para 2,8% do PIB em 2021

Sobre o déficit primário, a OCDE estima que fique em 10,7% do PIB em 2020 e caia para 2,8% em 2021 e 2,3% em 2022.

Vale destacar que na última terça-feira (15) o Ministério da Economia enviou ao Congresso uma atualização da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021, com uma meta de déficit primário de R$ 247,1 bilhões, o que equivale a 3,16% do PIB.

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Apesar de esperar uma redução do déficit primário, a OCDE aponta que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) continuará em trajetória de crescimento, ao passo que o endividamento público alcançará 91,4% do PIB em 2020, 94,3% em 2021 e 96,6% em 2022.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Laura Moutinho

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