PIB cresce 0,6% em relação ao 2T19 e chega a R$ 1,84 trilhão

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,6% no terceiro trimestre ante ao segundo trimestre deste ano, levando em consideração o ajuste sazonal. Em relação ao mesmo período de 2018, o crescimento foi de 1,2%. Os indicadores foram publicados nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado de 12 meses registrados no final de setembro, o PIB registrou crescimento de 1,0%, frente aos quatro trimestres anteriores. Já no acumulado de 2019, o PIB aumentou 1,0%, em relação a igual período do ano passado.

Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 1,842 trilhão no intervalo de julho-setembro, sendo que R$ 1,582 trilhão são referentes ao Valor Adicionado e R$ 259,7 bilhões aos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. Os maiores crescimentos no terceiro trimestre foram:

  • Agropecuária (1,3%)
  • Indústria (0,8%)
  • Serviços (0,4%)

A alta na Indústria é referente às Indústrias Extrativas (crescimento de 12,0%, conduzida pelo crescimento da extração de petróleo) e à Construção (1,3%). Apresentaram queda no trimestre Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,9%) e Indústrias de Transformação (-1,0%).

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Já setor externo, as Exportações de Bens e Serviços diminuíram 2,8%, enquanto as Importações de Bens e Serviços aumentaram 2,9% na mesma comparação.

11º crescimento consecutivo do PIB na comparação anual

Em comparação com o igual período do ano passado, o PIB cresceu 1,2%. Esse é o 11º resultado positivo seguido nessa métrica comparativa. O Valor Adicionado a preços básicos cresceu 1,1% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios subiram 1,8%.

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A Agropecuária cresceu 2,1% em relação a igual período de 2018, sobretudo pelo desempenho de alguns produtos com safra relevante no terceiro trimestre, de acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado no mês passado, como milho (23,2%) e algodão herbáceo (39,7%).

Já a Indústria foi elevada em 1,0% e a Construção, 4,4%, em sua segunda alta depois de vinte trimestres consecutivos de queda, nesta comparação. As Indústrias Extrativas também cresceram (4,0%), puxadas pela extração de petróleo e gás.

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O IBGE também salienta a Despesa de Consumo das Famílias, no terceiro trimestre, que apresentou uma expansão de 1,9%, seu décimo trimestre seguido de avanço. A alta diz respeito ao comportamento dos indicadores de crédito para pessoa física e pela expansão da massa salarial real.

Expectativa do Banco Central

Segundo os especialistas das 100 principais instituições financeiras do mercado brasileiro, que compõem o Boletim Focus, a economia brasileira deverá ser de 0,99% em 2019.

Além disso, na publicação realizada pelo Banco Central (BC) na última segunda-feira (2), os principais economistas por Brasil esperam um crescimento do PIB do Brasil de 2,22% em 2020 e 3,75% em 2021.

Jader Lazarini

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