Petróleo: tensões entre EUA e China fazem preço recuar

Os preços do petróleo apresentaram uma queda nessa quarta-feira (27) após uma declaração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicando que está preparando uma resposta à proposta da China sobre uma nova lei de segurança nacional em Hong Kong.

O petróleo Brent, cotado na Bolsa de Valores de Londres (LSE), fechou o dia com um resumo de 4,6%, cotado a US$ 34,52 (cerca de R$ 182,72), ao passo que a commodity dos EUA ficou cotada em US$ 32,81 (cerca de R$ 173,81) o que significa uma queda de 4,5%.

Segundo o analista sênior do ‘Prince Futures Group’, Phil Flynn,”parece maravilhoso no papel, mas o mercado está ‘segurando’ a animação até que tenhamos um pouco mais de detalhes sobre se haverá cortes, quantos barris serão cortados e a duração dos cortes”.

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Ademais, de acordo com um representante da corretora de petróleo PVM, Stephen Brennock, a ameaça de uma nova guerra comercial entre os Estados Unidos e a China “não é mais apenas um risco de cauda e pode gerar um desastre em ativos de risco”.

Brennock ainda indicou que “por mais que os fundamentos do petróleo estejam melhorando, ainda há diversas moscas na sopa dos altistas. Isso inclui o mais recente aumento nas tensões entre EUA e China”.

Veja também: Preços do petróleo disparam com a reabertura das economias

Além disso, alguns operadores sentem que a Rússia está colocando em dúvida seu compromisso com os cortes de produção da commodity.

Petróleo: Rússia diminuirá cortes a partir de julho

A Rússia começará a desacelerar os cortes da produção de petróleo em julho, seguindo os termos do acordo da Opep+ (grupo dos principais países exportadores de petróleo, junto a parceiros) levantado em abril, de acordo com a agência de notícias “Bloomberg”.

No mês passado, a Opep+ fechou um acordo histórico para diminuir a oferta da commodity em meio à queda da demanda oriunda da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Em razão disso, os preços do petróleo apresentam forte queda em 2020.

Laura Moutinho

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