Ataque à Arabia Saudita pode aumentar interesse pelo petróleo do Brasil, diz ANP

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, afirmou, nesta terça-feira (17) que o ataque ocorrido na Arábia Saudita pode ser positivo para o País.

“A percepção de risco em relação ao Brasil é muito menor. O episódio pode aumentar o interesse pelo petróleo brasileiro, temos leilões importantes para acontecer”, disse Oddone em entrevista à rádio CBN.

Questionado sobre a possibilidade de reajuste de preços das refinarias e o aumento do valor ao consumidor, o diretor salientou que o Brasil conta com o etanol que é uma alternativa substitutiva do commodity.

“O etanol pode mitigar efeito maior que haja no preço do petróleo. Se o preço sobe muito, incetiva os combustíveis renováveis”, ressaltou Oddone.

Após ataques a Saudi Aramco, preços do petróleo sobem quase 20%

Após os ataques às instalações da Saudi Aramco, na Arábia Saudita, os preços do petróleo subiram nos mercados internacionais. No último sábado (14), as ofensivas à petroleira limitaram à metade a produção da commodity no país.

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No último domingo (15), após o ataque, o barril finalizou o dia sendo negociado a US$ 70,98 nos mercados futuros. Isso equivale a uma alta de 18% ao relação ao fechamento da sexta-feira (13), quando o barril custava US$ 60,15.

As unidades atingidas pelo ataque as instalações petroleiras sauditas representam uma baixa de aproximadamente 5 milhões de barris de petróleo por dia (BPD). Isso significa 5% da produção bruta mundial.

Arábia saudita tem estoques para conter crise, diz Opep

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), informou na última segunda-feira (16), que não possui planos de convocar uma reunião de emergência. De acordo com a organização, a Arábia Saudita tem contido a situação até o prezado momento e dispõe de “amplos estoques”.

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O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail al-Mazrouei, informou que o país tem capacidade suficiente de enfrentar as consequências dos ataques à maior produtora de petróleo do mundo, Saudi Aramco. Além disso, reitera que se a Árabia Saudita convocar uma reunião de emergência da Opep, “vamos lidar com isso”.

“Temos capacidade de reposiçã [de petróleo]. Existem volumes que podemos liberar como uma reação instantânea”, disse al-Mazrouei.

Poliana Santos

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