Petróleo: Demanda global deve ter aumento recorde em 2021, diz Opep

De acordo com o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), divulgado nesta terça-feira (14), a demanda por petróleo em 2021 deverá ter um crescimento recorde de 7 milhões de barris por dia.

Mesmo assim, a Opep informou que os níveis devem ficar abaixo do que foi registrado em 2019. Segundo a organização petroleira, a previsão “presume que a covid-19 será contida, especialmente nas principais economias, permitindo recuperação do consumo privado e investimento, apoiados por massivas medidas de estímulos adotadas por governos para combater a pandemia”.

Este foi o primeiro relatório no qual a Opep analisou os mercados de petróleo para 2021. O grupo destacou que a estimativa não considerou a concretização de possíveis riscos com tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Além disso, uma potencial segunda onda de disseminação por coronavírus também não foi levada em conta.

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Pior impacto do coronavírus na demanda por petróleo já passou, segundo AIE

A Administração de Informação sobre Energia (AIE) comunicou, na última sexta-feira (10), que os piores efeitos do coronavírus na demanda global por petróleo já passaram. Entretanto, o órgão também afirmou que o impacto do vírus continuará presente no segundo semestre de 2020.

Em seu relatório mensal, a AIE disse que a demanda global de petróleo no primeiro semestre de 2020 teve queda de 11% em comparação com 2019, para 10,75 milhões de barris por dia. A previsão é de que a demanda por petróleo caia 5,1 milhões bpd no segundo semestre deste ano.

As atividades econômicas estão se recuperando após a volta de parte da população a rotina “normal”, com medidas menos rigorosas de isolamento social. Em abril, dois terços da população global estava restrita ao “lockdown”.

Mesmo com o recente afrouxamento das medidas, a AIE afirmou que “o forte crescimento de novos casos do Covid-19, que levaram ao retrocesso na reabertura de algumas regiões, incluindo a América do Norte e América Latina, estão projetando uma sombra sobre as perspectivas ”.

Os preços do petróleo ao redor do mundo foram negociados com pouca volatilidade nas últimas semanas, por conta das incertezas a cerca do aumento de casos de coronavírus.

Juliano Passaro

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