Petrobras quer vender fatia na Braskem em até um ano, segundo CEO

O presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Roberto Castello Branco, disse nesta sexta-feira (6), que tem como objetivo vender a fatia da petroleira na Braskem em até um ano. Além disso, o CEO defende a listagem da empresa no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (B3). Com isso, a companhia poderia obter maior valor na operação.

“A Petrobras está fortemente comprometida em desinvestir na Braskem”, afirmou Castello Branco em um encontro com analistas e investidores, realizado em Londres.

“Nós lemos recentes notícias de que a Odebrecht, que controla a Braskem, propôs vender a companhia em 36 meses. Nós discordamos fortemente disso, nós queremos vender Braskem em, no máximo, 12 meses, para o mercado de capitais, transformando a empresa em uma ‘corporation’”, acrescentou o presidente da estatal petroleira.

Desinvestimentos da Petrobras

De acordo com o diretor-executivo de Exploração e Produção da Petrobras, Carlos Alberto Oliveira, a estatal poderá colocar à venda mais campos marítimos de petróleo em produção. As participações que podem entrar para a galeria de desinvestimentos da petroleira são dos campos de Marlim e Papa-Terra, ambos localizados na Bacia de Campos.

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A afirmação sobre a venda desses campos foi feita na apresentação do Plano Estratégico da estatal, em Nova York, para os anos de 2020 a 2024.
O total de desinvestimentos previstos pela petroleira vão de US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões (o que totaliza cerca de R$ 84 bilhões a R$ 126 bilhões) no período citado acima.

Monopólio da estatal

O presidente da Petrobras destacou sua visão de que o monopólio da estatal petroleira nos segmentos de gás natural e refino é prejudicial para a companhia.

Segundo Castello Branco, o “monopólio é um criador de ineficiência”. A afirmação foi feita em Londres, em um encontro com investidores.

Castello Branco reforçou que a Petrobras pretende desinvestir de oito refinarias, que são equivalentes a metade da capacidade de refino da empresa, além disso, salientou que assinou um acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para estimular a concorrência no mercado brasileiro de gás.

Juliano Passaro

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