Petrobras reconhecerá provisão de R$ 3,5 bi após acordo com ANP

A Petrobras (PETR4) informou na quinta-feira (14), por meio de fato relevante, que reconhecerá provisão de R$ 3,5 bilhões no balanço do quarto trimestre de 2018. O reconhecimento faz parte de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para unificação de campos do Parque das Baleias.

A ANP já havia informado que deveria assinar, com a Petrobras, o acordo até março. A disputa pelas participações governamentais no Parque das Baleias já dura quase cinco anos, conforme a agência “Reuters”.

O acordo, que envolve R$ 3,1 bilhões em participações governamentais, terá a primeira parcela, de R$ 1,1 bilhão, paga à vista. O restante será parcelado em 60 meses.

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Parque das Baleias

Em fevereiro de 2014, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) decidiu que as áreas produtivas que formam o Parque das Baleias deveriam ser consideradas como um único campo.

A decisão elevaria de forma relevante o cálculo de pagamento de participações especiais à União.

A participação especial é uma compensação financeira paga por petroleiras apenas em campos com grande volume de produção. É diferente dos royalties, que incidem sobre o volume total da produção, contabilizando todas as áreas.

No período, a Petrobras não concordou com a decisão administrativa. A divergência chegou à Justiça, e até obteve câmara de arbitragem internacional.

O campo de Jubarte, uma das áreas do Parque das Baleias, passará a ser intitulado “Novo Campo de Jubarte”. Devido ao acordo, tal campo será formado pelas áreas:

  • Jubarte;
  • Baleia Azul;
  • Baleia Franca;
  • partes de Cachalote e Pirambu;
  • pequenas parcelas de Caxaréu e Mangangá.

Segundo a ANP, o acordo renderá arrecadação de participação especial, do novo campo, de cerca de R$ 25,8 bilhões, nos próximos 20 anos. O valor estimado é nominal, considerando curva de produção prevista, preço do óleo e câmbio atuais, investimentos e custos operacionais.

Além disso, a ANP se comprometeu a prorrogar a fase de produção do Novo Campo de Jubarte da Petrobras por 27 anos, para 2056. Anteriormente, a fase se encerraria em 2029.

Amanda Gushiken

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