Lava Jato: Petrobras é alvo da PF por supostas fraudes em operações de câmbio

A Polícia Federal, em mais uma fase da Lava Jato, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10), uma operação, chamada de “Sovraprezzo”, para investigar supostas fraudes em operações de câmbio comercial, que envolvem a Petrobras (PETR3;PETR4), entre 2008 e 2011. Segundo informações do jornal “O Globo”, um banco em São Paulo teria sido contratado pela petroleira estatal para fazer essas operações. A PF está apenas cumprindo mandados de busca e apreensão, tendo a sede da Petrobras como um dos alvos.

O nome desta fase da operação, “Sovraprezzo”, é em alusão a palavra “sobrepreço” em italiano. De acordo com a Polícia Federal, o esquema funcionava da seguinte forma: A instituição sobretaxava as operações acima dos valores de mercado para aumentar o lucro do banco. Isso teria sido feito através do pagamento de propina para colaboradores da petroleira. A PF estima que o prejuízo com estas fraudes pode ter sido de US$ 18 milhões.

As investigações têm como objetivo, também, comprovar o crime de lavagem de dinheiro que potencialmente foi realizado pelos investigados, com movimentações no Brasil e fora do País, “por meio do uso de offshores, subfaturamento na aquisição de imóveis e negócios, interposição de pessoas em movimentações de capitais, utilização de contratos fictícios de prestação de serviços firmados entre o banco e empresas dos colaboradores envolvidos, assim como o grau do vínculo associativo mantido por todos”, segundo informou a Polícia Federal.

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O juiz Luiz Antônio Bonat, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que determinou as ordens judiciais em relação a operação que envolve a Petrobras, também estabeleceu o bloqueio de ativos dos investigados no Brasil e no exterior, com limite de R$ 97 milhões.


Posicionamento da Petrobras sobre o caso:

“Sobre a nova etapa da Operação Lava Jato realizada hoje (10/9), a Petrobras informa que conduz apurações internas e, neste caso, colaborou ativamente com as autoridades nos trabalhos de investigação e forneceu subsídios que resultaram nesta operação. A Petrobras reafirma e reforça sua tolerância zero em relação à fraude e à corrupção. A companhia é vítima dos crimes desvendados pela Operação Lava-Jato, sendo reconhecida como tal pelo Ministério Público Federal e pelo Supremo Tribunal Federal. A companhia colabora com as investigações desde 2014, e atua como coautora do Ministério Público Federal e da União em 18 ações de improbidade administrativa em andamento, além de ser assistente de acusação em 71 ações penais relacionadas a atos ilícitos investigados pela Operação Lava Jato. Ao longo dos últimos anos, a Petrobras vem implementando diversas medidas de governança e conformidade e seus esforços no combate à corrupção têm sido reconhecidos internacionalmente. Nesta semana, por exemplo, o Fórum Econômico Mundial anunciou o retorno da Petrobras à Partnering Against Corruption Initiative (PACI), a principal organização internacional de combate à corrupção”, informou a petroleira em nota.

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Juliano Passaro

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