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Petrobras (PETR4) e grevistas chegaram a um acordo, diz ministro do TST

A Petrobras (PETR3; PETR4) e os trabalhadores em greve teriam chegado a um acordo para terminar a paralisação. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (21) pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho.

A greve dos funcionários da Petrobras durou 20 dias. Segundo Martins Filho, a estatal petrolífera e os trabalhadores concordaram em ter apenas metade dos dias de paralisação compensados.

O ministro do TST informou sobre o fim da greve após mediar uma audiência de conciliação entre a estatal e os grevistas em Brasília. Os petroleiros já tinham suspenso a paralisação na tarde da última quinta-feira (20) para poder iniciar uma nova rodada de negociações.

Na última segunda-feira (17), o mesmo ministro do TST tinha considerado a greve ilegal, acolhendo a um pedido da estatal. Martins Filho tinha autorizado a a Petrobras a tomar “medidas administrativas cabíveis” contra os grevistas, como cortes de salários e sanções disciplinares.

Saiba mais: Petrobras (PETR3): petroleiros suspendem greve após 20 dias de paralisação

A principal questão do debate entre os petroleiros e a estatal é a demissão dos 400 trabalhadores da Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da Petrobras no Paraná. Segundo os grevistas, as demissões afetariam mil famílias.

Entretanto, embora os funcionários reivindiquem os desligamentos, o presidente da petrolífera, Roberto Castello Branco, já antecipou que os contratos de trabalho continuarão suspensos mesmo após a conclusão das negociações.

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“A decisão está fechada”, afirmou o presidente da petroleira estatal sobre as demissões. Além disso, Castello Branco ressaltou ainda que a empresa tem capacidade para suportar uma greve de longo prazo.

Entenda o que causou a greve da Petrobras

A greve dos trabalhadores da Petrobras foi motivada por demissões de funcionários da subsidiária Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), que será desativada.

Saiba mais: Funcionários da Petrobras aprovam greve a partir de 1º de fevereiro

Além disso, a paralisação reivindica contra o descumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a cláusula 26 do ACT da Araucária Nitrogenados impede a empresa de promover demissões em massa sem negociar previamente com o sindicato.

“A Petrobras anunciou a demissão sumária dos trabalhadores da Fafen-PR, que souberam do fato pela imprensa. Nem o sindicato, nem a FUP foram sequer informados sobre essa decisão arbitrária”, comunicou a federação.

Ao todo, 21 mil trabalhadores e 121 unidades da Petrobras aderiram a paralisação.

Carlo Cauti

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