Paulo Guedes: Renda Cidadã não pode ser financiado com precatórios

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou nesta quarta-feira (30), durante coletiva sobre os dados do novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que o Renda Cidadã não pode ser financiado com um “puxadinho”, um “jeitinho”, referindo-se aos precatórios, com a justificativa do programa representar um gasto permanente.

Guedes fez o anúncio em resposta à repercussão negativa do anúncio do Renda Cidadã, programa que deve substituir o Bolsa Família. De acordo com o ministro, o País necessita de um novo programa social após o término do auxílio emergencial, apelidado de coronavoucher, que ocorrerá em dezembro deste ano.

“Foi uma ajuda extraordinária, que manteve o Brasil pulsando. Mas essa ação é transitória, e nós temos que
aterrissar esse auxílio emergencial em um programa social robusto, consistente e bem financiado. Como é
uma despesa permanente, tem que ser financiado por uma receita permanente. Não pode ser financiado
por um puxadinho, não é assim que se financia um Renda Brasil (sic)”, revelou.

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O economista ainda ressaltou que as críticas ao uso do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) e de precatórios para financiar o programa que substituirá o Bolsa Família são apenas “barulho”, declarando também que o governo não desrespeitará o teto de gastos com o projeto.

“Estamos examinando os gastos, aparentemente há uma indústria de precatórios no Brasil. E os precatórios
saíram de R$ 10, 12, 13 bilhões no governo Dilma [Rousseff] para R$ 20, 25, 30 bilhões no governo [Michel]
Temer. Agora estão chegando a R$ 54 bilhões para o ano que vem. Então é um crescimento galopante,
explosivo”, disse o ministro.

Por último, Guedes defendeu o direito de análise da dívida por parte do governo, ” [a dívida] cresce como se não houvesse amanhã”, e reforçando ainda que não deixará de pagar o dinheiro que deve.

“Nós sabemos que precatórios são dívidas transitadas em julgado. Ninguém vai botar em risco a liquidação
de dívidas do governo brasileiro, o governo vai pagar tudo. Agora, ele tem que examinar quando há
despesas crescendo exponencialmente”, finalizou.

Guedes comemora criação de emprego no Brasil

Durante a coletiva, também foi divulgado que 249.388 mil empregos formais foram criados em agosto deste ano. O número apresentado em agosto foi resultado de 1.239.478 contratações contra 990.090 demissões.

Saiba Mais: Brasil cria 249.388 vagas de trabalho em agosto, mostra Caged

O mês passado foi o segundo mês seguido de saldo positivo, já que em julho foram criadas 131 mil vagas de trabalho formal, segundo o Caged. Além disso, o resultado para agosto foi o melhor para o oitavo mês do ano em 10 anos.

“Estamos anunciando a maior geração de emprego desde agosto de 2010” declarou Guedes. ” Estamos voltando para os trilhos'”, acrescentou.

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Rafaela La Regina

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