Grana na conta

Paulo Guedes continuará conosco até o último dia, diz Bolsonaro

O presidente da República, Jair Bolsonaro, declarou nesta terça-feira (18) que o ministro da Economia Paulo Guedes permanecerá no governo “até o último dia”.

Bolsonaro declarou que o governo devem muito à capacidade de Paulo Guedes, e por isso continuará no Executivo até o final do mandato. O presidente discursou durante a posse dos novos ministros da Casa Civil, general Walter Braga Neto, e da Cidadania, Onyx Lorenzoni

“Se o Paulo Guedes tem problemas pontuais, como todos nós temos, e sofre ataques, é muito mais pela sua competência do que pelos possíveis pequenos deslizes, que eu já cometi muitos no passado”, argumentou Bolsonaro. O presidente afirmou ainda que o ministro da Economia “não é militar, mas é um jovem aluno do Colégio Militar de Belo Horizonte”.

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O presidente salientou ainda que “é difícil tomar uma decisão, mas pior do que uma decisão mal tomada, é uma indecisão”. “Não tivemos indecisão e nós tivemos decisões muito bem tomadas para o bem do nosso Brasil”, completou Bolsonaro.

Guedes alvo de desgaste político

O ministro da Economia está sob forte pressão por causa de uma série de frases pronunciadas nos últimos dias, e que provocaram muitas polêmicas.

O primeiro episódio ocorreu quando Paulo Guedes comparou servidores públicos a “parasitas”, durante uma palestra no Rio de Janeiro. O ministro estava discursando em defesa da reforma administrativa.

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“O governo está quebrado. Gasta 90% da receita toda com salário e é obrigado a dar aumento de salário. O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo, o hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático, não dá mais”, declarou o economista na ocasião.

Além disso, em outra ocasião próxima, o ministro chegou a afirmar que com o dólar baixo “era uma festa danada”, todo mundo estava indo para a Disney, “inclusive empregada doméstica”.

Ambos as frases repercutiram muito mal na imprensa e também no ambiente político em Brasília. Algo que poderia dificultar a aprovação das reformas enviadas pelo Executivo para o Congresso.

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Além desses desgastes políticos, Paulo Guedes está sob os holofotes por causa da alta do dólar, pela condução da política econômica, e da redução da previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.

Arthur Guimarães

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