Balanços da semana

Oi: Tanure vende participação na Pharol, holding da operadora

O empresário Nelson Tanure afirmou, no último domingo (12), ter vendido todas as ações na Pharol, uma das controladoras da Oi (OIBR3). Até o ano passado, Tanure era o segundo maior acionista da empresa portuguesa.

Tanure confirmou a venda da participação na Pharol via assessoria de imprensa. “Nelson Tanure tornou pública a sua saída do capital da Pharol”, informou uma fonte da empresa portuguesa próxima ao assunto. “Não me parece – de fato, tenho quase a certeza – que continue a ter qualquer participação. Acho que fechou mesmo esse capítulo”, acrescentou.

A Pharol possui 4,94% do capital social da Oi. De acordo com informações do “Valor Investe”, a decisão sobre a participação de Tanure na empresa foi feita após uma assembleia de acionistas realizada na última semana. Outros dois integrantes do conselho de administração da empresa portuguesa também se desfizeram das ações.

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De acordo com uma segunda fonte, também da Pharol, que não quis se identificar, Tanure saiu da Pharol, e por efeito de causa, da Oi, por conta dos  resultados financeiros do investimento. “Ele tomou a decisão desde que as ações [ordinárias] da Oi passaram a ser negociadas abaixo do patamar de R$ 1”, disse a fonte sobre o período de baixa que começou em novembro de 2019.

Sonangol irá adquirir posição da Oi na Unitel

O presidente da Sonangol, Gaspar Martins, disse, em entrevista ao portal português “Expresso”, na semana passada, que a empresa irá adquirir a posição de 25% pertencente a Oi na Unitel.

Veja também: Eletrobras conclui venda de 49% da Centroeste para Cemig

A empresa brasileira, em processo de recuperação judicial, tem como objetivo vender os 25% que detém na companhia angolana para levantar um valor que possa ajudar a empresa a se reerguer. De acordo com especialistas, a operação pode render cerca de US$ 1 bilhão a empresa brasileira de telecomunicações.

“Estamos a equacionar a hipótese de ficar com a posição da PT Ventures, mas tudo está dependente da decisão final do Tribunal Arbitral de Paris”, afirmou Martins sobre o negócio envolvendo a Oi.

Juliano Passaro

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