Oi procura captar R$ 2,5 bilhões por meio de dívida garantida, diz jornal

A OI (OIBR3; OIBR4) está buscando captar R$ 2,5 bilhões por meio da emissão de uma dívida garantida (secured debt). Além disso, a operadora pretende vender a sua participação na angolana Unitel.

Segundo apurou o jornal “Valor Econômico”, os acionistas da Oi esperam que na próxima semana, em conjunto com duas instituições financeiras, uma definição da empresa quando a possibilidade de captação de recursos seja tomada. Segundo uma fonte, a estimativa é de que os títulos tenham um prazo de vencimento entre três e cinco anos.

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Para lastrear os papéis, existem duas vertentes de operação sendo estudadas:

  • um fundo de recebíveis com receitas provenientes do serviço de telefonia móvel da Oi
  • ações e ativos da operação móvel (incluindo redes de fibra óptica do serviço)

Oi pretende vender participação bilionária

A Oi tem reforçado a investidores que pretende fechar, ainda em 2019, a venda da sua participação de 25% na operadora Unitel. O valor seria de aproximadamente R$ 1 bilhão.

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A dona de outros 25% da Unitel, a petroleira Sonangol, também angolana, é a possível compradora da fatia da Oi. Inclusive, segundo o “Valor”, a Sonangol já possui o financiamento necessário para o negócio.

A intenção da Oi é que, mesmo com a conclusão da venda da fatia da Unitel, a emissão da dívida de R$ 2,5 bilhões seja mantida.

O intuito da operadora brasileira, procurando mitigar os efeitos do seu processo de recuperação judicial, é reforçar o caixa da companhia e garantir os recursos necessários para os investimentos planejados no plano estratégico divulgado em julho.

Além disso, outra etapa importante da recuperação da companhia é a conclusão da mudança do comando da empresa.

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Paralelamente às negociações financeiras, a Oi está próxima de confirmar Rodrigo Abreu, membro do conselho de administração, como novo diretor de operações (COO, na sigla em inglês).

A reunião do conselho deve ser realizada nesta sexta-feira, ou para a próxima segunda-feira, para sacramentar a posse do novo executivo, junto a seu pacote de remuneração.

A gestora GoldenTree Asset Management, que é a maior acionista da Oi, solicitou mais uma vez, assim como em agosto, a saída do presidente da companhia, Eurico Teles.

Segundo as informações do “Valor Econômico” na última quarta-feira (18), os entraves entre a Teles e a acionista da empresa é um dos maiores empecilhos para que a Oi consiga captar recursos no curto e médio prazo.

Jader Lazarini

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