Grana na conta

Oi pode captar até R$ 7 bi com venda de ativos e ação valorizar 260%, diz BTG

De acordo com o banco BTG Pactual, os objetivos traçados no plano estratégico divulgado em julho só poderão ser atingidos com esse desinvestimento. A venda de ativos da Oi (OIBR3; OIBR4) é de extrema importância para o cumprimento do planejamento da companhia.

Este é o cenário que preocupa os investidores da empresa. “Para cobrir o buraco existente entre baixa geração de caixa e Capex (plano de investimentos) mais alto, a Oi divulgou uma lista de ativos para vender. A lista é longa e pode levantar de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões”, escreveram os analistas Carlos Sequeira, Bernardo Teixeira e Osni Carfi em um relatório.

De acordo com a análise do banco, o comando da companhia tem a perspectiva de melhora devido à venda dos ativos propostos, em especial na comercialização da Unitel, operadora angolana. A venda deve ocorrer no quarto trimestre deste ano, o que está previsto na estratégia anunciada pela Oi.

Oi prevê a geração de caixa

Para o BTG, a Oi deverá gerar cerca de R$ 300 milhões por mês de caixa até o final do ano, totalizando R$ 1,2 bilhão no fim de 2019. Porém, a expectativa de Capex de R$ 3 bilhões no quadrimestre, os analistas estimam que a Oi deverá queimar aproximadamente R$ 1,8 bilhão de seu caixa.

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“Caso não haja venda de ativos e não ocorra emissão de dívida, a posição de caixa da empresa deverá encerrar o ano em R$ 1,6 bilhão”, afirmaram os analistas.

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Caso as projeções dos analistas da instituição bancária se concretizem, baseado no planejamento da empresa, os papéis da Oi poderiam reportar uma valorização de 260%, considerando o fechamento da última sexta-feira (27).

Companhia inicia testes do 5G

A Oi testará a rede 5G com tecnologia da Huawei durante o festival de música Rock in Rio. Esse será um dos maiores testes da tecnologia no Brasil.

De acordo com a empresa, a rede 5G será utilizada por toda a equipe encarregada durante uma cobertura de todas as 250 atrações do festival pelas redes sociais. O público poderá testar a nova tecnologia em dispositivos que serão disponibilizados durante o evento.

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O diretor de operações da Oi, José Cláudio Moreira Gonçalves, declarou: “Sugerimos ao Rock in Rio a implantação da rede 5G para transformar o evento na primeira cidade conectada pela nova tecnologia”.

No fechamento do pregão da última sexta-feira (27), as ações ordinárias da Oi apresentaram uma queda de 3,19%, sendo negociadas a R$ 0,97. Nos últimos 12 meses, a desvalorização é de 40,49%.

Jader Lazarini

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