Odebrecht contrata Morgan Stanley para venda da Braskem (BRKM5)

A Odebrecht contratou a instituição financeira Morgan Stanley para coordenar a retomada do processo de venda da Braskem (BRKM5). A empresa, que teve seu processo de recuperação judicial homologado há aproximadamente 10 dias, comunicou sobre a medida na noite da última sexta-feira (7). A informação sobre o banco contratado para auxiliar na operação é do jornal “Valor Econômico”.

A segunda empresa que mais detém participação na Braskem, a Petrobras (PETR3;PETR4), também tem como intuito vender suas ações na companhia. Este movimento, entretanto, deverá ocorrer no Novo Mercado da B3. Com a venda das ações por parte das duas maiores acionistas da petroquímica, ela poderá se transformar em uma empresa “pura”.

A Odebrecht estima que a venda das ações na Braskem ocorrerá em um período de até três anos. O grupo fundado em Salvador, na Bahia, possui 38,3% do capital total da Braskem e 50,1% do votante. Por outro lado, a Petrobras detém 36,1% da petroquímica, e 47% das ações votantes.

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A Braskem possui um valor de mercado avaliado em aproximadamente R$ 18,6 bilhões. A empresa já chegou a ser estimada em R$ 48 bilhões, em setembro de 2018. Desconsiderando um possível prêmio de controle, a Odebrecht poderia levantar R$ 7,1 bilhões com a venda de sua participação na Braskem.

Na última sexta-feira (7), a Braskem comunicou, por meio de um fato relevante, que recebeu uma correspondência da sua controladora Odebrecht informando que deu início aos atos preparatórios para estruturar um processo de venda privada de até 100% da participação na petroquímica.

“A Braskem S.A. (“Braskem” ou “Companhia”), em atendimento ao disposto na Instrução CVM nº 358/02, vem comunicar aos seus acionistas e ao mercado em geral que recebeu, nesta data, correspondência enviada por sua acionista controladora, Odebrecht S.A (“ODB”), informando que, em cumprimento a compromissos assumidos com credores concursais e extraconcursais, a ODB deu início aos atos preparatórios para estruturar um processo de alienação privada de até a totalidade da participação de sua titularidade na Companhia, mediante adoção das providências necessárias para organizar um processo dessa natureza, com o apoio de assessores legais e financeiros”, destacou o documento sobre o movimento da Odebrecht.

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Juliano Passaro

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