Número de brasileiros que investem na Bolsa chega a 858 mil

O número de brasileiros que investem na Bolsa de Valores chegou a 858 mil. Esse aumento de investidores chega em um momento de sucessivos recordes do Ibovespa.

Somente em janeiro, 45 mil pessoas físicas se tornaram investidores na B3 (BM&F Bovespa), um aumento de 5,5%, movimentando R$ 227 bilhões em ações. Nos últimos 12 meses, de janeiro 2018 a janeiro 2019, o número de investidores na Bolsa de Valores aumento de 237 mil pessoas, cerca de 38% a mais. A informação é do portal G1.

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Graças a esse aumento, o número de investidores na Bolsa voltou a superar o de investidores ativos no Tesouro Direto, que ficaram em 786 mil em 2018. participantes.

Entretanto, os investidores estrangeiros continuam dominando o mercado da Bolsa de Valores de São Paulo, movimentando 44,4% do total das ações. Em segunda posição estão os investidores institucionais, com 28,7% e somente em terceiro lugar as pessoas físicas, com 20% do volume financeiro negociado na B3. Esse patamar não era negociado na Bolsa brasileira desde o começo de 2012.

A Bolsa de Valores de São Paulo está registrando uma série de recordes nos últimos meses. No acumulado do ano, o Ibovespa conquistou cerca de 10%. O principal índice da Bolsa brasileira, está muito próximo do nível recorde de 100 mil pontos.

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Esse resultado mostra o otimismo dos investidores com o futuro, principalmente depois do resultado das eleições de outubro.

Mas existem também outras questões que deixam os investidores animados. Entre elas:

  • o cenário macroeconômico mais favorável;
  • a possível aprovação de reformas no Congresso Nacional, sobretudo a da Previdência;
  • a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 6,5%, se mínimo histórico;
  • as recentes quedas na avaliação de risco do País;
  • a manutenção da taxa de juros nos Estados Unidos.

Esse otimismo também é alimentado pela expectativa de uma nova série de empresas que poderiam abrir seu capital ao longo de 2019. Isso graças a um cenário de maior confiança na economia e menor oferta de crédito subsidiado por parte dos bancos públicos.

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A previsão para esse ano na B3 é que ocorram entre 20 e 30 aberturas de capitais de empresas brasileiras. No ano passado foram apenas três ofertas públicas inciais de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de São Paulo.

 

Carlo Cauti

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