Número de companhias que buscam IPO já passa de 40

O número de companhias que pretendem realizar ofertas iniciais de ações (IPOs) e abrir seu capital na B3 em setembro e outubro desse ano já passa de 40. Dentre as empresas que pretendem protocolar pedidos de IPO estão a rede de farmácias Nissei, e a Le Biscuit.

Só em agosto, cerca de 20 companhias protocolaram o pedido de IPO. Além disso, em relação ao mercado imobiliário destaca-se que o total de incorporadoras que estão na fila para a abertura de capital já chega a 18. Dentre essas destaca-se a HRB Realty.

Em relação aos outros setores, a rede de lojas de departamento baiana Le Biscuit, protocolou na última sexta-feira (29) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido para realizar uma oferta inicial de ações. A companhia conta com 141 lojas, mas apenas 136 são próprias.

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A abertura de capital, que será coordenada pelos bancos Bank of America, XP (XP), Itaú BBA, Santander (SANB11) e Citi, será seja primária que secundária. Isso pois o grupo de investimentos Vinci Partners venderá parte de sua participação na Le Biscuit, junto com outros 15 investidores pessoas físicas.

Já a A rede de farmácias do Paraná Nissei comunicou na última sexta-feira (28) que pediu registro para a realização de um IPO. A companhia explicou que irá emitir novas ações para o processo de listagem e destinará os recursos para crescimento orgânico, aquisições de rivais menores, resgatar debêntures e otimizar a estrutura de capital. Parte dos papéis, contudo, serão oferecidos por porte do dono do negócio, o empresário Sérgio Maeoka.

Por outro lado, embora a maioria das empresas que estão na ‘fila’ de IPOs sejam incorporadoras do mercado imobiliário, a You Inc informou no início desse mês que desistiu do pedido de registro de oferta pública de distribuição primária e secundária de ações ordinárias.

Com uma oferta planejada de 48 milhões de ações, a companhia iria captar R$ 1,12 bilhão. Além disso, com o lote adicional, de 7,2 milhões de ações, o montante poderia chegar a R$ 1,30 bilhão. O pedido de registro foi protocolado pela incorporadora no dia 10 de junho deste ano.

Onda de IPO no Brasil pode indicar fraqueza adiante

O Morgan Stanley informou através de um relatório escrito na última terça-feira (18) por seus analistas, que a onda de ofertas iniciais de ações no Brasil pode ser um indicador de fraqueza mais tarde para o mercado do País, se levar em consideração o histórico recente.

“A evidência histórica sugere que os investidores normalmente surfam a onda por muito tempo e há uma derrocada no ano seguinte”, destacaram os analistas do Morgan Stanley no documento.

A história mostra que o índice MSCI Brazil (Morgan Stanley Capital International) costuma cair no ano seguinte a períodos em que há um grande e rápido crescimento na quantidade de IPOs de companhias brasileiras.

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Laura Moutinho

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