Embraer faz novos acordos de suporte com empresas da África e Europa

A Embraer (EMBR3) anunciou, durante o evento MRO Europa, realizado nesta quinta-feira (17), que fechou novos contratos de manutenção com operadoras da África e da Europa, o que irá garantir uma operação mais aprimorada, já que terá acesso ao suporte de última geração por intermédio da TechCare.

As operadoras que fizeram negócio com a Embraer também serão beneficiadas por conta da diminuição de custos de reparo, e a falta de necessidade de um espaço maior para o armazenamento de materiais em  estoque. Dessa forma, o nível de desempenho das operadoras deve aumentar.

A Embraer possui o programa Pool de suporte, que oferece 100% de manutenção de componentes e peças, além de acesso ilimitado ao estoque dos centros de distribuição da empresa.

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A Helvetic Airways, cliente da Embraer, adicionou suporte para mais sete aeronaves do modelo E190 ao contrato. A francesa Pan Européenne Air Service renovou a parceria para jatos ERF 135 e ERJ 145. A britânica Flybe também renovou e irá permanecer utilizando os benefícios para a frota de jatos E175 e E195. Na África, a Royal Air Charter, da Zâmbia, contratou suporte para o seu novo modelo ERJ 145.

Embraer irá suspender fabricação no Brasil

A Embraer informou, na última semana, que irá parar de fabricar no Brasil durante duas semanas no mês de janeiro de 2020. A empresa concederá férias coletivas para os 15 mil funcionários, entre os dias 6 e 20 de janeiro.

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A pausa será utilizada para a tramitação da transferência de controle para a empresa Boeing, dos Estados Unidos. “O objetivo [da licença] é implementar a segregação interna do negócio de aviação comercial”, informou a Embraer.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, no interior de São Paulo, disse que a decisão da Embraer “causa apreensão entre os trabalhadores, preocupados com as medidas que a nova direção da companhia eventualmente possa tomar”.

O acordo entre a Boeing e a Embraer ainda está sendo investigado por um órgão regulatório da Europa. No Brasil, entretanto, a divisão de planos comerciais da brasileira por US$ 4,75 bilhões já foi aprovada por acionista e pelo governo.

Juliano Passaro

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