Nestlé perde direito ao nome de seu hambúrguer feito à base de plantas

O Tribunal Distrital de Haia, na Holanda, ordenou nesta segunda-feira (1) que a marca Nestlé deve deixar de usar o nome “Incredible” em seu hambúrguer feito sem carne, já que isso causa confusão para os consumidores que vêem outras marcas com o mesmo nome.

Essa decisão foi tomada porque o nome pertence a empresa privada Impossible Foods, que começou com seus produtos à base de plantas em 2016. Ano quando a competição nesse mercado específico era praticamente nula e a Nestlé ainda não planejava iniciar com esse tipo de produtos.

A Nestlé tomou a notícia como um contratempo na missão de aumentar sua presença no mercado de produtos sem carne. Isso ocorre um ano após que a marca começou a produzir e comercializar na Europa o hambúrguer feito de soja e trigo. Em outros países como Estados Unidos e Austrália, produtos parecidos são vendidos porém com nomes diferentes, o que possibilita que continuem iguais.

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Apesar da Impossible Foods Inc ainda não ter presença na Europa, a marca já tem planejamentos para introduzir seus produtos no continente. A Nestlé enfrenta o desafio de introduzir novamente sua linha de produtos vegetarianos com um novo nome, que agora será chamado “Sensational“, ou sensacional em português.

Nestlé buscava aumento de vendas do novo produto

Consequentemente, a briga judicial mostra o forte crescimento do mercado de alimentos produzidos sem carne. O inovador produto alimentício representou pouco mais de US$1 bilhão em vendas nos Estados Unidos, somente no ano passado. Esta situação faz com que empresas históricas, como a Nestlé, estejam brigando com muitas “startups” recentes por consumidores e direitos de venda.

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Desde seu inicio em 2016, a empresa Impossible Foods Inc foi obrigada a diminuir seus preços e trazer ainda mais inovação aos seus produtos. Isso ocorreu pois a empresa viu o mercado de produtos sem carne aumentar exponencialmente, trazendo diversos competidores, como a Nestlé,  e consumidores para uma área nunca explorada da economia.

Daniel Guimarães

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