Fitch rebaixa rating da Natura (NTCO3) com perspectiva negativa

A Natura (NTCO3) teve seu rating rebaixado pela Fitch nessa quinta-feira (4) e passou de BB para BB-, com perspectiva negativa. Segundo a agência de classificação de riscos, a revisão é resultado dos desafios enfrentados pela empresa brasileira, bem como o risco elevado de refinanciamento no médio prazo e risco de integração envolvido na obtenção de sinergias depois que comprou a Avon.

Além disso, a Fitch revisou a perspectiva de rating da Avon, de positiva para estável, pelos mesmos motivos da alteração do rating da Natura. A agência ainda destacou que as atualizações refletem a recessão no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos, por causa da pandemia de coronavírus (Covid-19).

A agência salientou que esses desafios ocorrem “ao mesmo tempo em que cresce as receitas de primeira linha, a dinâmica da indústria em rápida transformação e os ventos contrários, apresentados por taxas de crescimento negativas no Brasil, Europa e EUA devido à pandemia de coronavírus”.

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Já em relação ao rating da Avon, a Fitch afirmou “o rating da Avon de ‘B +’ com Perspectiva Estável reflete a expectativa da Fitch de que, nos próximos 12 a 24 meses, a dívida da Avon provavelmente será substituída por dívida com garantias da holding Natura & Co e que a qualidade de crédito consolidada do grupo de empresas não seria abaixo de ‘B +'”.

Resultados da Natura no 1T20

A Natura registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 820,8 milhões no período que compreende os três primeiros meses deste ano. O valor é dez vezes maior do que o apresentado no mesmo intervalo do ano passado, que foi de R$ 82 milhões. Os valores são referentes ao “atribuível aos controladores” e estão nas demonstrações financeiras que a companhia enviou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em maio.

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A receita líquida da Natura foi de R$ 7,518 bilhões no primeiro trimestre. O valor representa uma alta de 1,9% ante o mesmo intervalo de 2019.

Laura Moutinho

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