MPF e CVM avaliam suposta pirâmide financeira em empresa ligada a Ronaldinho

O Ministério Público Federal (MPF) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estão analisando a empresa 18kRonaldinho, que é suspeita de praticar pirâmide financeira. Os diretores da empresa dizem que o ex-jogador Ronaldo de Assis Moreira, conhecido mundialmente como Ronaldinho Gaúcho, é sócio-fundador da empresa que pode ser investigada.

A empresa pela qual Ronaldinho fazia propagandas com certa frequência promete rendimento de até 2% ao dia. Os pacotes que podem ser aderidos por clientes chegam ao valor de US$ 12 mil. Os rendimentos seriam baseados em operações de bitcoin. As informações constam no site da companhia.

“Você tomou a melhor decisão e ela certamente irá mudar a sua vida para sempre! Com esse importante ponta pé inicial, driblaremos as adversidades que poderão surgir com a garra de uma verdadeira equipe, rumo a vitória e ao sucesso absoluto. A concretização dos seus sonhos estão prestes a acontecer e você se tornar um vencedor(a)”, diz a primeira página do site da 18kRonaldinho.

A empresa também salienta que seu objetivo é “formar grandes empresários ao redor do mundo trazendo o enriquecimento para todos”.

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A 18kRonaldinho também destaca que era apenas uma marca de relógio até 2019. Neste ano, a companhia diz que criou o canal digital no mercado de trading e criptoativos “com remuneração em multinível”.

A companhia, que utiliza a imagem de Ronaldinho para sua promoção, vende seus planos a partir da troca por produtos. Ou seja, a cada plano comprado pelo assinante, a empresa retribui com um número de relógios da marca. O plano de US$ 12 mil, por exemplo, concede 80 relógios ao cliente e promete um jantar com o ex-jogador da Seleção Brasileira.

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Além disso, a empresa ainda promete um bônus de 7%, sobre o valor do pacote aderido, por indicação de pessoas a 18kRonaldinho.

Em resposta ao “UOL”, o advogado de Ronaldinho, Sérgio Queiroz, afirmou que o ex-jogador rescindiu o contrato com a empresa “há duas semanas”. Entretanto, a empresa não confirma a informação.

Juliano Passaro

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