Movida (MOVI3) tem lucro líquido de R$ 37 milhões no 3T20; queda de 38%

A Movida (MOVI3) apresentou, na noite da última terça-feira (10), seu resultado do terceiro trimestre deste ano. A companhia teve um lucro líquido ajustado de R$ 37,2 milhões, uma baixa de 38,2% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando lucrou R$ 60,2 milhões.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-2-1.png

De acordo com a Movida, a receita líquida, por sua vez, atingiu R$ 1,03 bilhão, um crescimento de 3,6% sobre o terceiro trimestre de 2019. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado avançou 13,6%, para R$ 213,2 milhões. Assim, a margem líquida ficou em 3,6%, enquanto a margem Ebitda ajustada foi de 20,6%.

Nos destaques por segmento, o Rent a Car (RAC) registrou um recorde na taxa de ocupação, de 82,7% no terceiro trimestre, um crescimento de 6,6 pontos percentuais na comparação anualiazada. O resultado advém de uma frota total de 67.978 carros, com um ticket médio de R$ 70.

Suno One: acesse gratuitamente eBooks, Minicursos, Artigos e Video Aulas sobre investimentos com um único cadastro. Clique para saber mais!

Segundo explica a direção da empresa, o grande destaque para o RAC ficou por conta da retomada da demanda de lazer a locações de curto prazo, fazendo com que a receita por carro retomasse o nível de R$ 1,8 mil por mês, “em linha com o que era praticado ao longo de 2019”.

Em comunicado, o CEO da empresa, Renato Franklin, disse que “seguimos empenhados em expandir a linha de negócios”, citando o lançamento do Movida Cargo, para o segmento de e-commerce, além do Movida Zero Km. “À medida que trazemos um nível maior de conhecimento destes produtos ao mercado, aumentamos o mercado potencial, ampliando as possibilidades de crescimento e rentabilização”.

Movida eleva ticket médio de seminovos

No que se refere ao segmento de seminovos, a Movida disse que obteve um recorde no ticket médio de carros vendidos, chegando a R$ 45,3 mil, um crescimento de 12,6% em comparação ao terceiro trimestre do ano passado. Entre julho e setembro deste ano, foram vendidos 14.321 carros.

A direção atribui o avanço à retomada do varejo e ao mix de venda de carros mais premium. “Vimos o mercado cada vez mais receptivo, influenciado pelo aumento de preços dos carros zero e pela alta procura por modelos que ofertamos. A margem Ebitda do segmento ficou em 1,7% no trimestre, em linha com o estimado.

Nesse sentido, segundo o balanço da companhia, também houve um aumento de 7% do custo nesta linha de negócios na comparação anualizada, o que pode ser explicado pela venda de carros de maior ticket médio, “parcialmente compensados pelo impacto da maior depreciação“. O número total de carros vendidos caiu 22,44%, ante 18.465 do segundo trimestre.

Já a Gestão de Terceirização de Frotas (GTF), a companhia apresentou um recorde no Ebitda por carro, que alcançou R$ 850 na média mensal, com crescimento de 2.590 carros na frota operacional na comparação anualizada. A companhia também destacou a queda de 16% no custo (ex-depreciação) mensal por carro no segmento.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg


Houve um aumento de 4% no volume de diárias ano a ano, com receita por carro mantida em R$ 1,2 por mês. “Seguimos com o pipeline comercial robusto e acreditamos que a dinâmica de fechamento de novos contratos será
mais ativa nos próximos trimestres, acompanhando uma maior previsibilidade dos clientes”.

Segundo a Movida, o Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) ajustado dos últimos 12 meses ficou em 8%, enquanto o Retorno sobre Capital Investido (ROIC) ajustado também anualizado, 7,7%. O spread entre o ROIC e o custo da dívida caiu 1,7 ponto percentual, para 3,3%.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Jader Lazarini

Compartilhe sua opinião