Móveis e Nordeste são próximos focos da Via Varejo

Em busca do tão falado turnardound que o mercado espera, a Via Varejo (VVAR3) irá buscar um foco maior em comercializar móveis e em ampliar a presença no Norte e Nordeste do Brasil.

A Via Varejo realizou nesta terça-feira (17) seu Investor Day, data para apresentar o planejamento para o próximo ano aos seus investidores.

De acordo com Abel Ornelas, vice-presidente comercial e de operações da Via Varejo, a empresa deverá abrir entre 70 e 90 novas lojas em duas regiões do Brasil.

A estratégia também vai ao encontro da Via Varejo se tornar cada vez mais ominichannel. De acordo com o executivo, a cada loja física aberta, o tráfego oriundo daquela região cresce até 40% no site da companhia.

“A expansão será tocada no Norte e Nordeste do país. [O estado de] Tocantins no Norte, principalmente. Hoje, nossas lojas do Nordeste já tem uma produtividade 10% superior as demais”, afirmou ele.

Para o executivo, as vendas na região também devem aumentar a importância do financeiro à companhia.

“A região é uma alavanca de crédito. Terá maior penetração grande de móveis, que é uma categoria que a empresa vai investir muito”, disse.

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Para a Via Varejo, os móveis são um nicho de R$ 45 bilhões por ano e que fidelizam o cliente. A empresa tem cerca de 8% do mercado, maior que a soma da segunda e terceira colocadas.

“Linha de móveis tem 10 pontos de margem acima do restante. Além disso, tem uma penetração forte no crediário e com baixa inadimplência, completou o vice-presidente. Grande parte da margem vem graças a Batira, a fábrica de móveis da companhia.

“Tem muita venda pra gente ganhar lá. A marca Casas Bahia faz mídia para o Brasil inteiro há mais de 20 anos, então quando entramos em uma praça nova, a necessidade de fazer a marca conhecida é zero”, afirmou o CEO da Via Varejo, Roberto Fulcherberguer.

Via Varejo apresenta prejuízo de R$ 383 milhões no 3T19

A Via Varejo reportou o prejuízo de R$ 383 milhões no terceiro trimestre de 2019. No mesmo período do ano passado, o prejuízo havia sido de R$ 83 milhões, mais de quatro vezes menor.

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Além disso, a receita líquida da Via Varejo caiu 10,7%, chegando a R$ 5,68 bilhões, frente a R$ 6,36 bilhões apresentados na comparação anualizada. No acumulado do ano, a receita atingiu R$ 18,04 bilhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que no terceiro trimestre do ano passado foi de R$ 322 milhões, no período de julho a setembro deste ano foi de R$ 176 milhões negativos.

A companhia destacou um lucro bruto operacional de R$ 1,7 bilhão no trimestre, com margem bruta de 30,7%, cerca de 0,5% acima do 3T18 e 2,7% maior que o trimestre anterior.

Além disso, a Via Varejo salientou a redução de R$ 1,1 bilhão em estoques em comparação com o mesmo período de 2018 e R$ 500 milhões com o segundo trimestre de 2019. A empresa encerrou setembro com caixa, incluindo recebíveis de cartão de crédito não descontados, de R$ 2,8 bilhões.

Vinicius Pereira

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