Reino Unido: Moody’s prevê queda de 10% no PIB em 2020

A agência de classificação de risco Moody’s informou nesta sexta-feira (10) que prevê uma contração de 10% no Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido em 2020. Além disso, espera que a crise causada pelo coronavírus (covid-19) contribua para uma elevação na dívida pública do país em quase 25%.

De acordo com a Moody’s, ao mesmo tempo que o último pacote de estímulo econômico do Reino Unido, que foi anunciado nesta semana e é avaliado em £ 30 bilhões (cerca de R$ 200 bilhões), ajudará numa recuperação econômica gradual, também aumentará a pressão já presente na situação fiscal do país.

Em nota, um grupo de analistas da Moody’s explicou a razão pela qual preveem que a dívida britânica alcançará 109% do PIB neste ano. “A relação dívida pública/PIB do Reino Unido provavelmente aumentará em 24 pontos percentuais ou mais em relação aos níveis de 2019”.

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Além disso, “prevemos uma contração de 10,1% no PIB do Reino Unido neste ano, mas esperamos uma recuperação subsequente gradual na esteira da flexibilização em medidas de paralisação, com o crescimento recuperando-se para 7,1% no próximo ano.”

A Moody’s indicou preocupação quanto a situação econômica do país. “Nossa projeção estima que a contração no ciclo econômico para o Reino Unido será mais acentuada do que para qualquer outra economia do G20, levando em conta nossa visão de que a persistente incerteza em torno do Brexit atrasará a recuperação no segundo semestre do ano”, disse a agência de classificação de risco.

Reino Unido injeta bilhões na economia para afastar a crise

O governo britânico anunciou na última quarta-feira (8) novas medidas de estímulo de até £ 30 bilhões (cerca de R$ 202 bilhões). Os recursos serão destinados a impulsionar a economia britânica, à medida que os líderes tentam impedir que a crise econômica causada pela pandemia se torne uma “bola de neve”.

 

Veja também: PIB do Reino Unido retrai 2,2% no 1T20; pior resultado em 40 anos

Desde que os bloqueios para conter o coronavírus (covid-19) foram implementados em março, governos de todo o mundo injetaram trilhões de dólares para garantir a sobrevivência das empresas que viram suas receitas caírem e para apoiar a renda das famílias à medida que o número de horas trabalhadas diminuiu. Dessa forma, o Reino Unido teme que desaceleração possa deixar cicatrizes profundas em suas comunidades, negócios e economia.

Daniel Guimarães

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